Helbor (HBOR3) e MRV (MRVE3) divulgam resultado operacional
A incorporadora Helbor e a construtora MRV divulgaram na quinta-feira (16) sua prévia operacional do quarto trimestre e de 2019. A Helbor informou que no 4T19 houve lançamento de quatro empreendimentos residenciais sendo 2 na cidade de São Paulo (Helbor Edition Vila Madalena e Helbor My Square – Freguesia do Ó), 1 empreendimento em Mogi das Cruzes e 1 empreendimento em Barueri, totalizando 365 milhões de reais.
Em 2019, os lançamentos da Helbor atingiram 906,3 milhões de reais, aumento de 124,6 por cento em relação a 2018.
Houve também a aquisição de três novos terrenos para desenvolvimento de empreendimentos residenciais na cidade de São Paulo, na região da Avenida Faria Lima.
A velocidade de vendas atingiu 20 por cento no quarto trimestre e de 2019, praticamente o dobro da velocidade apresentada no mesmo período de 2018 que registrou 10,4 por cento.
Entre os principais destaques da prévia da MRV, está o melhor ano da história de lançamentos da companhia em Valor Geral de Vendas (VGV), ao crescer 7,4 por cento em relação a 2018 e o menor volume histórico de distratos em um ano ao cair 50,6 por cento em relação a 2018.
Apesar disso, as vendas líquidas não decolaram ao aumentarem apenas 3,4 por cento em relação a 2018. Outro aspecto negativo foi a queima de caixa de 34,1 milhões de reais no trimestre.
A prévia operacional de Helbor veio acima das expectativas e, por isso, esperamos impacto positivo no preço de suas ações (HBOR3) no curto prazo.
Por outro lado, o resultado operacional da MRV veio mais fraco do que o esperado, com destaque negativo para o crescimento mais fraco das vendas e o consumo de caixa no trimestre. Portanto, esperamos impacto negativo no preço das ações (MRVE3) no curto prazo.
Os dados confirmam a retomada a do setor de construção civil em 2019, especialmente para o segmento de média e alta renda. Ano passado, as ações da Helbor (HBOR3) se valorizaram +201,3 por cento enquanto as ações da MRV (MRVE3) avançaram +85,7 no mesmo período, comparado à alta de +70,5 por cento no IMOB no mesmo período.
Acreditamos que o momento deve permanecer positivo para o setor de construção civil em 2020, especialmente o segmento mais voltado à média e alta renda na cidade de São Paulo.
Reforçamos a nossa preferência pelas construtoras mais voltadas ao segmento de média e alta renda, em detrimento das empresas mais voltadas à baixa renda e expostas ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
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