taxa Selic – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Thu, 24 Mar 2022 18:53:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png taxa Selic – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 Inflação ainda no foco das incertezas | Denise Campos de Toledo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/inflacao-ainda-no-foco-das-incertezas https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/inflacao-ainda-no-foco-das-incertezas#respond Fri, 25 Mar 2022 11:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36941 Governo e Banco Central continuam agindo pra tentar estabelecer perspectivas melhores em relação à inflação. Até por preocupações quanto aos reflexos sobre a popularidade em ano de eleições, o governo prossegue com a estratégia de cortar tributos em várias frentes, desde os combustíveis, agora com zeragem da taxação do etanol importado, que também entra na… Read More »Inflação ainda no foco das incertezas | Denise Campos de Toledo

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Governo e Banco Central continuam agindo pra tentar estabelecer perspectivas melhores em relação à inflação. Até por preocupações quanto aos reflexos sobre a popularidade em ano de eleições, o governo prossegue com a estratégia de cortar tributos em várias frentes, desde os combustíveis, agora com zeragem da taxação do etanol importado, que também entra na composição da gasolina, de impostos sobre seis produtos da cesta básica, como café e margarina, até uma nova rodada de corte d taxação sobre importações de eletrônicos, máquinas e equipamentos.

 Em princípio, menos impostos devem acarretar cortes de preços, colaborando para menos pressões inflacionárias. Já temos visto até promoções de carros a partir da diminuição do IPI sobre bens industrializados. Mas, no geral, a acomodação dos preços depende muito mais da evolução dos custos de insumos, que subiram pelo desequilíbrio entre oferta e demanda global. Primeiro pela pandemia, depois pela guerra entre Ucrânia e Rússia, e agora, também por novos casos de Covid, levando a fechamentos de fábricas. Esse desequilíbrio da cadeia global, que inclui alimentos, e o petróleo, tem gerado inflação em todo o mundo, reduzindo o potencial do impacto das mexidas nos tributos. Por isso fica a impressão que, com algumas dessas iniciativas, o governo vai apenas enxugar gelo, sem maiores efeitos.

Por outro lado, até por não se saber ao certo qual será a evolução da oferta e dos preços de produtos estratégicos e o repasses dos aumentos de custos internamente, fica a dúvida quanto à eficácia do aperto monetário e até onde esse aperto pode chegar.

 Embora muitos tenham visto um tom mais duro na ata do Copom, na verdade, o recado veio em duas direções. Se o petróleo ceder e as projeções de inflação ficarem mais favoráveis, o atual ciclo de elevação dos juros pode até parar com a Selic nos 12,75%, o que deve ocorrer na reunião de maio, e já num patamar contracionista. Mas se as pressões mais fortes persistirem ameaçando a meta também do próximo ano, os ajustes vão continuar e a taxa básica pode chegar nos 13,25 ou até mais. 

O que parece certo, nas sinalizações do BC, é que não quer o risco de um novo estouro da meta inflacionária, pelo terceiro ano consecutivo. E nessa avaliação prospectiva de cenário pesa até o que tem sido citado como arcabouço fiscal, ou seja, a evolução das finanças públicas. E, nesse aspecto, a enxurrada de medidas lançadas pelo governo não colabora muito. Os cortes de tributos afetam a receita, num momento em que já há necessidade de recorrer ao contingenciamento de despesas pra garantir o teto de gastos. Isso em meio às pressões políticas por mais despesas. 

Como citei de início, há uma preocupação política muito grande com a questão da popularidade, e as condições atuais da economia não têm jogado muito a favor. Tem inflação e juros em alta corroendo a renda, desemprego ainda elevado, com queda do rendimento médio e da massa salarial, aumento da pobreza. Tudo isso pesa muito na percepção da gestão da economia, mesmo que vários fatores desfavoráveis sejam inevitáveis. 

Mas é fato também que a forma como são gerenciados pode influenciar essa percepção. Nesse sentido não basta tentar produzir efeitos de curto prazo e limitados. A responsabilidade também pode passar um recado importante, se estabelecer perspectivas melhores para a economia em prazo maior.

Nesse ambiente ainda bem incerto o mercado continua favorecido pelo fluxo externo de recurso, atraído pelos juros cada vez mais altos, com o dólar chegando a testar pisos abaixo dos R$ 5,00. oi A Bolsa com uma evolução desigual no comportamento das ações, na avaliação por empresas e setores, no geral, tem alcançado momentos de boa performance, por reflexo de alguns fatores que preocupam em outro sentido, como da inflação. A alta das commodities, de produtos básicos, como alimentos, minério e petróleo tem aumentado o potencial de ganhos das ações ligadas a esses ramos. E o Brasil ainda tem se beneficiado com a alta liquidez global num cenário de juros ainda bem baixos, mesmo com os ajustes promovidos pelos bancos centrais, inclusive dos EUA.

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Prossegue o jogo de apostas na antecipação de cenários https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/prossegue-o-jogo-de-apostas-na-antecipacao-de-cenarios https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/prossegue-o-jogo-de-apostas-na-antecipacao-de-cenarios#respond Fri, 18 Mar 2022 11:53:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36847  O Banco Central, ao definir a nova elevação da Selic em um ponto, para 11,75% ao ano, já indicando novo aumento, da mesma magnitude em maio, com a taxa básica chegando a 12,75%, destacou o objetivo não só de provocar a desinflação mas também de ancorar as expectativas. E essa questão, da ancoragem das expectativas,… Read More »Prossegue o jogo de apostas na antecipação de cenários

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 O Banco Central, ao definir a nova elevação da Selic em um ponto, para 11,75% ao ano, já indicando novo aumento, da mesma magnitude em maio, com a taxa básica chegando a 12,75%, destacou o objetivo não só de provocar a desinflação mas também de ancorar as expectativas. E essa questão, da ancoragem das expectativas, tem sido um grande problema, pelas incertezas do cenário interno e do externo, mas também pelo próprio posicionamento do BC. Ao contratar o aumento de um ponto dá a impressão de trabalhar com projeções seguras, que permitem definir os passos da política monetária antecipadamente, já sabendo o que vai acontecer até a próxima reunião. Mas não se trata disso. Tanto que o Copom trabalha com cenários diferentes tendo como referência o preço do barril do petróleo na faixa dos US$ 100. E essa é só uma variável na composição da inflação, que já vem com uma difusão forte de aumentos e ainda deve sofrer influência dos preços de outras commodities, até alimentos, fora o desequilíbrio na cadeia de insumos e peças, pela guerra e por novos focos de contágio do coronavírus, especialmente na China. É uma situação que dá margem para especulações e pressões na curva de juros em vários sentidos, que vão depender muito mais das percepções de cenário do que das indicações do Copom. Sendo que o Banco Central muitas vezes tem sancionado as expectativas do mercado e não influenciado essas expectativas.

Mas e em relação ao FED, que elevou os juros em 0,25 e indicou sete aumentos nesse ritmo? Há diferenças importantes. O Banco Central dos Estados Unidos tenta balizar as expectativas, só que já antecipou possível mudança na magnitude dos ajustes dependendo da evolução do cenário. E o FED, diferente também do nosso BC, cuida do controle da inflação, do ritmo de atividade e do desempenho do mercado de trabalho. Aqui a política de juros tem como foco o cumprimento da meta inflacionária. Além disso, o salto dos juros no Brasil já foi muito forte, partindo dos inéditos 2%, sem que tenha tido maior influência na inflação, que caminha para o segundo ano de estouro da meta. Enfim, temos um ciclo de elevação da Selic com impacto contracionista, para tentar derrubar uma inflação que vem, principalmente, da oferta, não da demanda.

É certo que não é fácil para o BC lutar sozinho nesse combate. O governo, preocupado com o estímulo à atividade, continua liberando recursos e cortando tributos, o que vai na contramão da contenção do consumo e do espaço para remarcações de preços, que se tenta garantir com juros mais altos. E essas medidas ampliam o risco fiscal, que também dificulta o controle da inflação. Aí ainda vêm todas as variáveis externas colocando mais lenha na fogueira.

Enfim, continua o jogo de apostas em relação à inflação, juros e crescimento e a tentativa de antecipação de cenários, o que pode produzir mais volatilidade do mercado, independentemente das pressões do noticiário do dia a dia. Juros mais altos são uma certeza, reforçando o ganho das aplicações de renda fixa, mas com a dúvida de até onde podem chegar e qual vai ser a margem real. Dólar e bolsa também dependem do fluxo externo, que pode ser atraído pelos juros elevados e pelos ganhos com commodities, por exemplo, no caso das ações. Porém, se nota uma certa perda de ritmo que pode ter influência das mudanças do cenário externo, o que inclui preços e juros. E vamos lembrar das eleições que também podem deixar os investidores mais ariscos. É nesse contexto que se deve buscar as melhores oportunidades de ganho.

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Semana de revisão de expectativas | Denise Campos de Toledo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/semana-de-revisao-de-expectativas https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/semana-de-revisao-de-expectativas#respond Fri, 11 Feb 2022 10:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36357 Tivemos uma semana de agenda relevante, com algumas mudanças de expectativas que podem influenciar o andamento do mercado. Começando pelo âmbito doméstico temos em aberto a questão do corte dos tributos sobre os combustíveis, que vai de uma proposta mais moderada, apenas para o diesel, com custo de cerca de R$ 18 bilhões, até a… Read More »Semana de revisão de expectativas | Denise Campos de Toledo

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Tivemos uma semana de agenda relevante, com algumas mudanças de expectativas que podem influenciar o andamento do mercado. Começando pelo âmbito doméstico temos em aberto a questão do corte dos tributos sobre os combustíveis, que vai de uma proposta mais moderada, apenas para o diesel, com custo de cerca de R$ 18 bilhões, até a do “fim do mundo” com isenções e outros benefícios que podem elevar o rombo para mais de R$ 100 bilhões, passando por algumas ideias de mais longo prazo, como a criação de um fundo de estabilização, para amortecer as pressões sobre os preços. Fato é que há uma tentativa de se obter resultados mais imediatos, que nos remete a interesses políticos pela proximidade das eleições, ampliando as preocupações quanto ao que ainda poderemos ter de aumento de gastos com o mesmo objetivo. É certo que a inflação preocupa, pesa no poder de compra e afeta o potencial de expansão da economia. Mas é bom não esquecer que menor responsabilidade do lado fiscal, ainda que produza algum resultado como a queda pontual dos preços dos combustíveis, pode acabar gerando mais pressões inflacionárias, ao mexer negativamente com as expectativas.

Esse alerta veio até na ata da reunião do Copom, cujos integrantes têm dado recados mais firmes quanto à importância da responsabilidade fiscal e o quanto isso pode influenciar o cenário prospectivo para a inflação e a própria política de juros. Inclusive, por essa questão, a ata mexeu com as previsões de uma política monetária menos apertada. O ritmo de elevação da Selic deve diminuir, como foi sinalizado no comunicado do último aumento, para 10,75% ao ano. Mas ao trabalhar com um possível estouro da meta também neste ano, diante da previsão do IPCA em 5,4%, e projeções acima do ponto central em 2023, o BC indica que o ciclo de ajuste pode ser mais prolongado, com os juros básicos chegando a um patamar acima do que vinha sendo projetado.

Essa indicação mais hawkish ainda ganhou o reforço do IPCA de janeiro. A alta de 0,54% bateu com as expectativas, só que a disseminação maior dos aumentos trouxe mais incertezas quanto a evolução da inflação, que ainda pode ter mais pressões de fora, como a alta do petróleo, e internas, como a quebra de safras por fatores climáticos. Mais pressões num ritmo fraco de atividade, que pode melhorar em alguns segmentos, como Serviços, ainda afetados pela pandemia, que é um onde já se nota mais aumentos por recomposição de preços.

Por mais que o BC queira evitar impactos mais abruptos sobre a economia e tenha preocupações até com o emprego, como ressaltou na ata, a Selic pode chegar a 12,5% nesse ciclo mais longo de ajustes. O que não colabora para expectativas mais favoráveis quanto ao PIB deste ano, mesmo que o de 2021 não tenha fechado tão ruim como se esperava na virada do ano.

Neste cenário ainda é importante lembrar das questões externas. Já citei o petróleo como um problema a mais no controle da inflação, mas ainda tem as mudanças nas políticas dos bancos centrais, também influenciadas por preocupações crescentes com a inflação, em meio às dúvidas quanto ao desempenho das economias. A inflação nos Estados Unidos continua surpreendendo, reforçando a expectativa de maior aperto dos juros. Mas ainda se nota uma certa vacilação do FED em promover ajustes mais pesados. De qualquer modo, estamos perto do início do ciclo de elevação das taxas, que deve começar em março.

O mercado local ainda segue favorecido pelo fluxo positivo de recursos, pela previsão de alta das commodities, refazendo as projeções, principalmente, quanto à inflação e os juros, na expectativa de uma gestão fiscal que não traga mais instabilidade para o cenário de 2022, já bastante desafiador.

Leia a última coluna da Denise Campos de Toledo: Copom e mercado devem responder ao balanço de riscos | Denise Campos de Toledo.

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A estratégia cautelosa do Copom https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-estrategia-cautelosa-do-copom https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-estrategia-cautelosa-do-copom#respond Thu, 03 Feb 2022 15:11:48 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36248 A decisão de elevar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano, anunciada na noite da quarta-feira (2) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) confirmou totalmente as expectativas dos investidores. E, no Comunicado em que anunciou e justificou a decisão, os membros do Copom mostraram uma postura cautelosa em relação à condução… Read More »A estratégia cautelosa do Copom

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A decisão de elevar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano, anunciada na noite da quarta-feira (2) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) confirmou totalmente as expectativas dos investidores. E, no Comunicado em que anunciou e justificou a decisão, os membros do Copom mostraram uma postura cautelosa em relação à condução da política monetária ao longo de 2022.

Vamos analisar brevemente os principais pontos do Comunicado. Como de hábito, o Copom começa com uma avaliação da conjuntura em que nota uma piora do cenário internacional. “A maior persistência inflacionária aumenta o risco de um aperto monetário mais célere nos Estados Unidos, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para os países emergentes”, informa o texto, acrescentando que “a nova onda da Covid-19 adiciona incerteza quanto ao ritmo de atividade, [e] pode postergar a normalização das cadeias globais de produção.”

A economia brasileira também não traz boas notícias. Apesar de notar que o mercado de trabalho no quarto trimestre foi um pouco melhor do que o esperado, o Comunicado é claro ao afirmar que a inflação ao consumidor “seguiu surpreendendo negativamente” e que a inflação subjacente está elevada. O relatório Focus indica projeções de inflação de 5,4% para 2022 e de 3,5% para 2023, ambas acima da meta.

Para agravar o quadro, o Copom adota a hipótese de bandeira tarifária “vermelha patamar 1” em dezembro de 2022 e dezembro de 2023. “Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 6,6% para 2022 e de 5,4% para 2023.”

Como não poderia deixar de ser, a política fiscal também foi lembrada. “Políticas fiscais que impliquem impulso adicional da demanda agregada ou piorem a trajetória fiscal futura podem impactar negativamente preços de ativos importantes e elevar os prêmios de risco do país”, informa o Comunicado. Os membros do Comitê frisaram que a incerteza “mantém elevado o risco de desancoragem das expectativas de inflação”. Tradução: ao não conseguirem manter fechadas as portas do cofre, Executivo e Legislativo tornam mais provável que a inflação supere as metas.

Para o Comitê, isso justifica uma alta dos juros para até 12% ao ano no primeiro semestre, e encerrando 2022 em 11,75%. Além disso, o Copom indicou que a Selic esperada para 2023 segue em 8%, um patamar que poderá manter elevados os juros reais em comparação com as principais economias internacionais. “Essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, informou o Comunicado. “É apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista.” Resumindo, economia mais fria.

No entanto, diferentemente do que ocorreu em várias reuniões durante o segundo semestre de 2021, o Copom evitou se comprometer para o futuro. Mesmo informando que “antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros”, o Comunicado afirma que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas”.

Ou seja, mesmo deixando claro que por enquanto não vai elevar novamente a Selic em 1,5 ponto percentual, o Copom alertou que essa decisão não é definitiva. Vai depender “da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.”

E Eu Com Isso?

A quinta-feira começa com um movimento de queda nos mercados internacionais. Resultados abaixo do esperado de empresas relevantes como Facebook e Paypal provocaram uma forte pressão vendedora nesses papéis, que acabou se espalhando para outras empresas dos setores financeiro, de pagamentos e de tecnologia.

As notícias são negativas para a Bolsa.

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Leia também: A Selic e a moça do bolo.

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A Selic e a moça do bolo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-selic-e-a-moca-do-bolo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-selic-e-a-moca-do-bolo#respond Wed, 02 Feb 2022 14:28:10 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36196 Quem transita por estações de trem, de metrô ou por terminais de ônibus conhece essas figuras. Aqui mesmo no Condado há várias. Senhoras jovens, ou nem tanto, com aventais e máscaras. Um tabuleiro, algumas garrafas térmicas com chá, leite e café e, principalmente, bolos. Petiscos diversos para injetar uma dose de açúcar refinado e de… Read More »A Selic e a moça do bolo

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Quem transita por estações de trem, de metrô ou por terminais de ônibus conhece essas figuras. Aqui mesmo no Condado há várias. Senhoras jovens, ou nem tanto, com aventais e máscaras. Um tabuleiro, algumas garrafas térmicas com chá, leite e café e, principalmente, bolos. Petiscos diversos para injetar uma dose de açúcar refinado e de gorduras saturadas no organismo do povo que vai para o trabalho. Perfeitamente integrada à paisagem urbana, a “moça do bolo” é uma empreendedora da base da pirâmide. E a economia tem um problema quando ela começa a prestar atenção aos índices de inflação.

Economistas pensam, corretamente, na inflação como um fenômeno econômico e monetário. Porém, o descontrole de preços vai além disso. Também é um fenômeno social. Por isso, antes que você se pergunte qual a relação entre as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) e a moça do bolo diante do terminal de ônibus, eu explico. Como ela define seus preços?

Seu modelo de negócios é simples: voltar para casa com o menor estoque possível, dado que o prazo de validade dos produtos é curto. Por isso, o processo de formação de preço é dinâmico. O valor cobrado varia em função do horário, da quantidade de pessoas e da temperatura. Vende-se mais em dias frios, menos em dias de chuva. Porém, quando a moça do bolo – e os demais empreendedores, da base, do meio ou do topo da pirâmide – começam a pensar também se não é hora de reajustar os preços pois a inflação está elevada, a economia como um todo tem um problema.

O trabalho do empresário é complexo: organizar o capital e os demais fatores de produção de modo a maximizar o lucro. Essa tarefa fica menos complicada quando há regras estáveis, principalmente para os preços. Quando isso não ocorre, a incerteza generalizada emperra a economia. No caso da inflação, a falta de segurança com relação ao comportamento dos preços dos insumos costuma levar a reajustes preventivos e o processo inflacionário se retroalimenta. As brasileiras e brasileiros viveram isso nos anos 1980 e 1990. Naquela época, o descontrole das contas públicas e a estrutura oligopolizada da economia favoreciam uma certa inelasticidade da inflação. Porém, a deterioração constante das expectativas levou a um processo de reajuste automático e preventivo de preços, que foi denominado “inflação inercial”.

Guardadas as enormes e devidas proporções, é óbvio que os 10,04% do IPCA nos 12 meses de 2021 estão a anos-luz de distância do descontrole dos anos 1990, mas manter como pano de fundo a triste experiência brasileira com a escalada de preços é importante para entender e não repetir o fenômeno monetário. O temor de que a inflação siga elevada provoca reajustes preventivos nos preços, que retroalimentam o processo. Por isso a necessidade de o Copom manter uma política monetária firme.

Haverá uma grande surpresa se a decisão anunciada no fim da tarde desta quarta-feira (02) for diferente de uma elevação de 1,5 ponto percentual, alterando a taxa Selic dos atuais 9,25% ao ano para 10,75%. A importância de mandar os juros referenciais de volta para a casa dos dois dígitos, algo que não ocorria desde junho de 2017, vai além do mero cálculo do impacto sobre o nível de atividade econômica. Também opera no mais fluido e menos previsível campo das expectativas. Se não mostrar firmeza agora em sua tarefa de fazer o IPCA convergir para a meta de 3,5%, o Banco Central terá muita, mas muita dificuldade para impedir que a moça do bolo queira saber como está a inflação todos os dias bem cedo, na hora de montar seu tabuleiro.

Indicadores

A produção industrial cresceu 2,9% em dezembro na comparação com o mês anterior. No ano, houve ganho acumulado de 3,9%. Em novembro, a produção industrial brasileira havia registrado variação nula (0,0%), o que interrompeu cinco meses consecutivos de queda. Com o resultado de dezembro, o setor se encontra 0,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, no cenário pré-pandemia, e 17,7% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.  Os dados são da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

E Eu Com Isso?

A quarta-feira começa com um movimento de alta tanto dos contratos futuros do Ibovespa quanto dos contratos do índice americano S&P 500. As expectativas positivas com relação aos resultados de 2021 das empresas americanas vêm sustentando uma alta dos preços no exterior, ao passo que o movimento de compra das ações brasileiras vem prosseguindo.

As notícias são positivas para a Bolsa.

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Leia também: Copom eleva Selic a 9,25% ao ano, maior patamar em quatro anos.

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O Copom e o jogo de truco https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-e-o-jogo-de-truco https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-e-o-jogo-de-truco#respond Mon, 31 Jan 2022 14:19:32 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36126 O truco chegou ao Brasil na bagagem de imigrantes portugueses, espanhóis e italianos. É um jogo simples em que duas duplas competem. Cada jogador recebe três cartas, que são lançadas na mesa em sequência. Para ganhar a partida é preciso ter a carta mais valiosa em duas das três rodadas. Cada partida vale um ponto.… Read More »O Copom e o jogo de truco

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O truco chegou ao Brasil na bagagem de imigrantes portugueses, espanhóis e italianos. É um jogo simples em que duas duplas competem. Cada jogador recebe três cartas, que são lançadas na mesa em sequência. Para ganhar a partida é preciso ter a carta mais valiosa em duas das três rodadas. Cada partida vale um ponto. A dupla que primeiro chegar a 12 pontos é a vencedora. Quando um jogador acha que a vitória é certa, ele “truca”, ou seja, aposta três pontos em vez de um.

É fácil entender por que o truco é tão popular. Apesar da simplicidade das regras, ele exige uma boa leitura da situação. Duplas que jogam com frequência desenvolvem sinais para adotar uma estratégia conjunta. E, assim como no pôquer, é preciso saber blefar e evitar os riscos para poder vencer as rodadas em que as cartas não são assim tão favoráveis.

Boa parte do trabalho do BC (Banco Central) na definição da política monetária pode ser comparado ao de um jogador de truco. Nem sempre as cartas colocadas nas mãos dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária ) são as mais favoráveis. Por exemplo, inflação elevada, preços internacionais do petróleo em alta, dólar pressionado e falta de confiança dos investidores internacionais são trunfos colocados nas mãos do adversário.

O que fazer nessas ocasiões para não ser obrigado a elevar fortemente os juros, tornando adverso o cenário para os empreendedores e investidores? Cabe ao Copom saber gerenciar as expectativas. Evitar cuidadosamente os eventuais blefes dessa entidade chamada mercado, que pode tentar forçar altas da taxa de juros que vão além do necessário para o cumprimento das metas de inflação.

Nesta semana, o Copom terá sua primeira reunião de 2022. É dado como certo que, na tarde da quarta-feira (02) ele anuncie uma alta de 1,5 ponto percentual nos juros, mandando a taxa Selic dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano. Isso fará a Selic retornar aos dois dígitos, algo que não ocorre desde maio de 2017.

De acordo com as expectativas da edição mais recente do Relatório Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (31), ainda deverá haver mais uma elevação de um ponto percentual. Assim, a Selic poderá encerrar 2022 a 11,75% ao ano. Mesmo assim, o Relatório Focus segue elevando as projeções de inflação para este ano. A estimativa mais recente é de um IPCA de 5,38%, acima dos 5,15% da semana passada e dos 5,03% de há três semanas. E todas essas estimativas estão acima do teto da meta, de 5% (3,5% mais 1,5 ponto percentual para mais ou para menos).

A pressão da inflação em alta vem obrigando o BC a endurecer a política monetária, apesar do crescimento da economia estar fraco. O BC está cumprindo o seu papel de preservar o valor da moeda, mesmo às custas do crescimento econômico. No entanto, para não ter de elevar demasiadamente a Selic, é preciso saber gerenciar as expectativas. E até mesmo blefar um pouquinho quando for preciso.

Então, vai aqui uma sugestão. Em tempos de independência do Banco Central, o candidato a presidente deveria ter de disputar algumas partidas de truco com os melhores jogadores do Congresso. Só assim os parlamentares teriam certeza de que estariam colocando o comando da política monetária nas mãos de um profissional que, além da competência técnica, tem a capacidade de lidar com as expectativas e com a pressão dos agentes de mercado, que frequentemente pressionam por taxas maiores.

E Eu Com Isso?

O primeiro pregão da semana e o último de janeiro se inicia com movimentos de baixa tanto dos contratos futuros do Ibovespa quanto do índice americano S&P 500, que poderá ter seu pior mês desde março de 2020, data do primeiro impacto da pandemia. O mercado internacional segue em seu processo de ajuste às perspectivas de taxas de juros mais elevadas e liquidez mais apertada nos Estados Unidos.

As notícias são negativas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Copom eleva Selic a 9,25% ao ano, maior patamar em quatro anos.

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Decisão do Copom, Índice de Evolução de Emprego do Caged, taxa de juros na Zona do Euro e Taxa de Desemprego nos EUA são os destaques da semana https://levanteideias.com.br/artigos/decisao-do-copom-indice-de-evolucao-de-emprego-do-caged-taxa-de-juros-na-zona-do-euro-e-taxa-de-desemprego-nos-eua-sao-os-destaques-da-semana https://levanteideias.com.br/artigos/decisao-do-copom-indice-de-evolucao-de-emprego-do-caged-taxa-de-juros-na-zona-do-euro-e-taxa-de-desemprego-nos-eua-sao-os-destaques-da-semana#respond Fri, 28 Jan 2022 19:30:28 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=36096 A semana será bastante agitada, com indicadores importantes sendo divulgados no Brasil, Zona do Euro e nos Estados Unidos. No Brasil, a grande expectativa é para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), a qual começa na terça-feira (1) e termina na quarta-feira (2). A expectativa do mercado é de um aumento de 1,5… Read More »Decisão do Copom, Índice de Evolução de Emprego do Caged, taxa de juros na Zona do Euro e Taxa de Desemprego nos EUA são os destaques da semana

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A semana será bastante agitada, com indicadores importantes sendo divulgados no Brasil, Zona do Euro e nos Estados Unidos. No Brasil, a grande expectativa é para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), a qual começa na terça-feira (1) e termina na quarta-feira (2). A expectativa do mercado é de um aumento de 1,5 ponto percentual na taxa de juros básica, elevando a Selic ao patamar de 10,75% ao ano.

Do outro lado do oceano, na Zona do Euro, os investidores dirigem as atenções ao resultado preliminar do PIB (Produto Interno Bruto) e para a Taxa de Desemprego da região. Por fim, os destaques nos Estados Unidos ficam para a divulgação da Taxa de Desemprego, Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego e o Relatório de Emprego (Payroll) não-agrícola.

Confira a agenda econômica da semana.

Fonte: Investing | Elaboração: Levante Investimentos

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O que esperar para 2022? https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-que-esperar-para-2022 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-que-esperar-para-2022#respond Thu, 30 Dec 2021 14:04:32 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35080 Se o ano de 2020 desgastou o uso da palavra “desafiador”, 2021 pode ser classificado como o ano das surpresas – e também das decepções. Havia muita expectativa quanto a uma recuperação rápida das economias globais e com o fim da pandemia e a normalização das relações econômicas. Parte disso ocorreu de fato. No entanto,… Read More »O que esperar para 2022?

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Se o ano de 2020 desgastou o uso da palavra “desafiador”, 2021 pode ser classificado como o ano das surpresas – e também das decepções. Havia muita expectativa quanto a uma recuperação rápida das economias globais e com o fim da pandemia e a normalização das relações econômicas. Parte disso ocorreu de fato. No entanto, ao longo de todo o ano, os investidores tiveram de conviver com movimentos inesperados dos preços dos ativos.

Talvez o melhor exemplo sejam as cotações do minério de ferro no mercado internacional. O gráfico das cotações deixa constrangidas as mais iradas montanhas-russas. No fim de 2020, a tonelada com 63,5% de teor de hematita estava cotada a US$ 159.

No fim de 2021, as cotações haviam recuado para US$ 112,5, uma queda de cerca de 30%. Parece o retrato de um ano relativamente sossegado. No entanto, no meio do caminho, em maio, as cotações chegaram a US$ 229, recorde histórico. E em novembro haviam caído para US$ 79, mínimo em 16 meses. Ou seja, em pouco mais de seis meses houve duas alterações abruptas nas expectativas para com a economia, refletidas nas cotações de uma das principais commodities.

Por aqui, os preços também foram difíceis de prever. O ano começou com otimismo quanto ao Ibovespa. Porém, até o pregão da quarta-feira (29), a queda acumulada no ano foi de 12,5%. Nenhuma das aplicações financeiras – ações, juros ou dólar – superou a inflação. O IGP-M de 2021 cravou 17,78%. E o IPCA em 12 meses até novembro está em 10,74%. Mesmo com toda a volatilidade, o real se depreciou pouco menos de 9% em relação ao dólar.

Tudo isso, porém, é passado. O que esperar para o ano que se inicia? Segundo os analistas da Levante Ideias de Investimentos, não será um período fácil. A retomada em “V” da economia, que se anunciava no começo do ano, ocorreu de fato. Porém, o que se seguirá a ela será, muito provavelmente, uma desaceleração das atividades.

A causa disso é, principalmente, o desequilíbrio das contas públicas. O arcabouço fiscal se deteriorou ao longo do ano, com as sucessivas manobras do Congresso e do próprio Executivo para romper o teto de gastos. Na ponta do lápis, o desempenho fiscal foi marginalmente melhor do que se esperava. Porém, isso ocorreu mais pelos defeitos do governo do que por suas qualidades. O que aliviou o desequilíbrio fiscal foi a alta da inflação, que ajudou a arrecadação fiscal.

O subproduto dos gastos públicos, a inflação, tornou-se um problema mais grave. Durante os anos de equilíbrio fiscal, o dragão permaneceu dormindo em sua caverna. No entanto, com as despesas descontroladas, a alta de preço passou a ser mais estrutural e menos conjuntural. Como se não bastasse, o ano que se inicia terá, de novo, uma eleição presidencial extremamente polarizada. E, no Brasil, polarização quer dizer populismo econômico, tudo o que os investidores não querem ouvir.

Isso vai exigir a volta da aplicação de um remédio amargo, a forte alta dos juros. A taxa Selic iniciou 2021 a 2% ao ano e encerrou a 9,25% ao ano. As projeções do Relatório Focus indicam que esse percentual pode chegar a 11,50% durante o primeiro semestre, e só deverá retornar à casa de um dígito em 2023.

Essa prescrição desacelera a economia, deprime a geração de empregos e torna mais desafiador (para usar a palavra de 2020) encontrar boas alternativas de investimento, tanto na renda fixa quanto na bolsa. Mas, para isso, você pode contar sempre com os especialistas da Levante Ideias de Investimentos.

Nós temos um encontro marcado no primeiro dia de 2022. Não perca.

E Eu Com Isso?

A última sessão do Ibovespa de 2021 começa com uma leve alta, seguindo um movimento suave de valorização em Wall Street. O pregão deve ser volátil e com liquidez reduzida.

As notícias são positivas para a bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Os desafios que 2021 deixa para os próximos anos | Denise Campos de Toledo.

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O Copom está pessimista https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-esta-pessimista https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-esta-pessimista#respond Tue, 14 Dec 2021 14:47:40 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=34749 A Ata da 243ª Reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada na manhã desta terça-feira (14) mostra que o BC (Banco Central) está pessimista com relação à inflação. Logo no início, o texto adverte que “no cenário externo, o ambiente se tornou menos favorável”. Isso ocorreu por dois motivos. O primeiro foi que os… Read More »O Copom está pessimista

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A Ata da 243ª Reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada na manhã desta terça-feira (14) mostra que o BC (Banco Central) está pessimista com relação à inflação. Logo no início, o texto adverte que “no cenário externo, o ambiente se tornou menos favorável”. Isso ocorreu por dois motivos. O primeiro foi que os bancos centrais das “principais economias” (leia-se Estados Unidos) “expressaram claramente a necessidade de cautela frente à maior persistência da inflação, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para economias emergentes.” O segundo foi o surgimento da variante Ômicron do coronavírus.

No caso do Brasil, além de a retração de 0,1% no PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre ter sido menor que o previsto, os índices de confiança para o quarto trimestre mostram deterioração. Assim, o Copom revisou para baixo sua expectativa de crescimento.

O cenário para a inflação também está mais complicado. “A alta nos preços dos bens industriais ainda não arrefeceu e deve persistir no curto prazo, enquanto a inflação de serviços acelerou, refletindo a gradual normalização da atividade no setor, dinâmica que já era esperada.”

Com isso, as projeções de inflação se aceleraram. As expectativas do Relatório Focus para 2022 subiram de 4,4% para 5,0%. E as previsões para 2023 avançaram de 3,3% para 3,5%. E as projeções do Copom também subiram. A inflação prevista para 2022 avançou de 4,1% para 4,7%, e a expectativa para 2023 subiu de 3,1% para 3,2%.

Isso justifica uma política monetária mais apertada. A Selic prevista para o fim de 2022 subiu dos 9,50% na Ata anterior para 11,25%. A projeção para o máximo da Selic no ano que vem subiu exatos dois pontos percentuais, avançando de 9,75% para 11,75%. E a projeção da Selic para 2023 também subiu, avançando de 7% na Ata anterior para 8%.

A causa de tudo isso é o mau comportamento fiscal do governo. “O Comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos”, diz o texto. “[A]s projeções de inflação estão acima da meta para 2022 e ao redor da meta para 2023.”

Por isso, “o Copom concluiu que o ciclo de aperto monetário deverá ser mais contracionista do que o utilizado no cenário básico por todo o horizonte relevante”.  E o texto considera que “diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista.”

Após debaterem o assunto, os membros do Copom concluíram que “o ritmo de ajuste de 1,50 ponto percentual, neste momento, é adequado para (…) garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, mas também consolidar a ancoragem das expectativas de prazos mais longos.”

Conclusão: o Copom permanecerá tentando ancorar as expectativas de inflação usando a receita clássica de contrair a demanda por meio da alta de juros. Com as consequências que todos conhecem: desaceleração da economia e pressão sobre os preços das ações das empresas dos setores mais pró-cíclicos.

Indicadores

O setor de serviços recuou 1,2% na passagem de setembro para outubro, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma retração de 1,9% em dois meses. Com o resultado de outubro, o setor ainda ficou 2,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas está 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. Os dados são da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

E Eu Com Isso?

Os contratos futuros de Ibovespa iniciam o dia com uma leve alta, mantendo a trajetória de valorização registrada ao longo dos últimos pregões, enquanto os investidores esperam o resultado da reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que deverá terminar na quarta-feira (15).

As notícias são positivas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Copom eleva Selic a 9,25% ao ano, maior patamar em quatro anos.

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O Copom e o desafio de ancorar as expectativas | Denise Campos de Toledo https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-e-o-desafio-de-ancorar-as-expectativas https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-copom-e-o-desafio-de-ancorar-as-expectativas#respond Fri, 10 Dec 2021 10:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=34645 O Copom, mesmo confirmando o que tinha sinalizado (uma alta de 1,5 da Selic, agora em 9,25% a.a.), acabou surpreendendo com o tom mais pesado do comunicado que saiu junto à decisão, sem demonstrar maior preocupação com a desaceleração da economia, a recessão técnica e a frustração com dados mais recentes de atividade, como os… Read More »O Copom e o desafio de ancorar as expectativas | Denise Campos de Toledo

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O Copom, mesmo confirmando o que tinha sinalizado (uma alta de 1,5 da Selic, agora em 9,25% a.a.), acabou surpreendendo com o tom mais pesado do comunicado que saiu junto à decisão, sem demonstrar maior preocupação com a desaceleração da economia, a recessão técnica e a frustração com dados mais recentes de atividade, como os da indústria e do comércio. Superando a média das expectativas, já contratou mais um aumento de 1,5 para a taxa básica na primeira reunião de 2022, insistindo na intenção de provocar a convergência das projeções para as metas dos próximos anos.

Essa posição do BC levou o mercado a refazer as contas de quanto os juros podem subir, para produzir os efeitos esperados, e o impacto que todo o ajuste poderá ter sobre a atividade e o desempenho dos vários setores. Há quem já conte com a Selic em 12,25% a partir da postura hawkish do comunicado. Vale lembrar que a insistência nessa estratégia de aperto monetário, para garantir a desinflação e a ancoragem das expectativas em torno das metas, tem relação com o fato de as projeções do mercado estarem estouradas em 2021, com 10,18% no Focus, o que dá quase o dobro do teto; em 2022, em 5,02%, ante o teto de 5%; e em 2023 com 3,5%, superando o centro da meta, de 3,25%. Por mais que se conte com uma desaceleração da inflação até meados do próximo ano, as previsões só têm piorado.

Por outro lado, fica uma preocupação maior quanto a um possível exagero da política monetária, que tem um tempo para produzir resultados e pode acabar penalizando demais a atividade. Sendo que as expectativas para a atividade também têm passado por uma revisão, para pior, até pelo consumo mais restrito de boa parcela da população, o que tende a colaborar para uma perda de ritmo dos reajustes de preços. Ainda que o BC possa rever a posição até a próxima reunião, cortando o ritmo dos aumentos, o mercado já faz novos ajustes na curva curta e longa dos juros, com implicações sobre a rentabilidade da renda fixa. Também está revendo o potencial de desempenho dos vários setores, que sofrem influência positiva ou negativa dos juros mais altos, como os bancos e as empresas de varejo, por exemplo. E resta uma certa dúvida até quanto ao impacto no câmbio, onde a atratividade maior dos juros pode ajudar a manter o dólar em patamar mais baixo. Só que também se percebe uma certa preocupação do BC com as incertezas dos agentes em relação ao arcabouço fiscal e o impacto de possíveis mudanças nas políticas dos Bancos Centrais pelo mundo, que agiriam em sentido inverso.

Os dados mais recentes de seguro-desemprego e inflação nos EUA reforçam o tapering pelo Federal Reserve, além do possível aumento dos juros em 2022. Já na Europa mudanças podem ser adiadas pelo temores ainda decorrentes da pandemia, não só pela variante Ômicron, mas também pela resistência às vacinas, que tem levado a novas restrições, diante do aumento do número de infectados e até de mortes, como os recordes registrados na Alemanha.

O comportamento do mercado tende a ser pautado por todos esses temas, já que notícias mais favoráveis, como a aprovação da PEC dos Precatórios, mesmo com toda a polêmica que ainda gera, já tinha sido precificada, ajudando a alavancar um desempenho melhor da Bolsa, com acomodação do dólar em patamar mais baixo. Mas a própria PEC, com aprovação fatiada, ainda pode trazer alguma incerteza, caso a Câmara não confirme o carimbo da folga orçamentária, dando margem para mais gastos. Nesse sentido, o presidente Bolsonaro voltou a reforçar as preocupações, ao defender reajustes para os servidores, citando vários percentuais. Como a equipe econômica não tem resistido muito a essas iniciativas, a questão fiscal ainda pode, de fato, produzir mais volatilidade sobre os negócios, especialmente em 2022, com a proximidade das eleições. Não foi sem motivo que o comunicado do Copom observou as incertezas quanto ao arcabouço fiscal, apesar da melhora recente das contas públicas. Fato é que o Banco Central ainda não conseguiu ancorar as expectativas sequer quanto aos futuros passos da política de juros.

Leia a última coluna da Denise Campos de Toledo: Mercado tenta driblar o excesso de pedras no caminho.

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