china – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Mon, 17 Jan 2022 20:36:28 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png china – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 Desaceleração na China https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/desaceleracao-na-china https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/desaceleracao-na-china#respond Mon, 17 Jan 2022 20:36:24 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35679 Duas notícias chamaram a atenção para a China na manhã desta segunda-feira (17). A primeira notícia foi o crescimento da economia acima do esperado. O Escritório Nacional de Estatísticas da China divulgou os dados de crescimento da economia em 2021. No acumulado do ano, o PIB (Produto Interno Bruto) chinês cresceu 8,1%, levemente acima do… Read More »Desaceleração na China

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Duas notícias chamaram a atenção para a China na manhã desta segunda-feira (17). A primeira notícia foi o crescimento da economia acima do esperado. O Escritório Nacional de Estatísticas da China divulgou os dados de crescimento da economia em 2021. No acumulado do ano, o PIB (Produto Interno Bruto) chinês cresceu 8,1%, levemente acima do esperado, que era 8,0%. No quarto trimestre, o avanço do PIB foi de 4,0% em relação ao mesmo período de 2020, ante projeções de 3,6%.

A segunda notícia foi o afrouxamento da política monetária. O Banco do Povo da China, o banco central chinês, cortou em 0,1 ponto percentual a taxa de juros referencial de médio prazo, reduzindo-a para 2,85% ao ano. Foi a primeira redução desde abril de 2020. Na prática, isso quer dizer mais dinheiro no sistema. O Banco do Povo está ampliando as linhas de crédito dos bancos em 700 bilhões de yuan, ou US$ 110 bilhões.

A economia chinesa está crescendo acima do previsto e o governo cortou os juros e vai injetar liquidez no mercado. Contradição? Não. Uma análise mais cuidadosa dos números mostra que, apesar do bom desempenho no trimestre e no acumulado do ano, a economia não está em sua melhor forma.

O crescimento de 4,0% no quarto trimestre foi inferior ao avanço de 4,9% alcançado nos três meses anteriores. Mais do que isso, o crescimento trimestral foi o menor desde o “fundo do poço” do segundo trimestre do ano passado, quando as restrições impostas pela pandemia fizeram a economia chinesa crescer “apenas” 3,2%.

A economia cresceu menos na comparação trimestral porque surtos esporádicos de coronavírus resultaram em bloqueios rígidos que prejudicaram o consumo. Ao mesmo tempo, os problemas no setor imobiliário, com a inadimplências da incorporadora Evergrande, reduziram a confiança dos empresários.

Outra indicação de que a economia chinesa está perdendo o fôlego foi, paradoxalmente, uma notícia positiva divulgada na sexta-feira (14). A Administração Geral de Alfândegas informou que superávit comercial chinês em 2021 foi um recorde, chegando a US$ 676,4 bilhões, um aumento de cerca de 30% em relação ao ano anterior. As exportações e as importações também cresceram cerca de 30%.

O bom desempenho do comércio exterior indica um aumento da demanda pelos principais parceiros comerciais chineses. No entanto, mesmo positiva, essa notícia indica que o principal vetor do crescimento no ano passado foram as exportações, e que a economia chinesa está mais lenta.

Outros indicadores mostram isso. A produção industrial cresceu 4,3% em dezembro ante o mesmo mês de 2020. O resultado foi superior aos 3,8% de novembro e superou também a projeção, que era de 3,6% de crescimento.

Porém, se a indústria brilhou, o varejo – que reflete melhor as condições da economia doméstica – não teve o mesmo desempenho. As vendas no varejo cresceram 12,5% no acumulado de 2021, um resultado muito superior aos 3,9% de 2020, ano mais afetado pela pandemia.

No entanto, considerando-se apenas o mês de dezembro, o crescimento frente ao mesmo período de 2020 foi de apenas 1,7%, o que acendeu um sinal de alerta junto às autoridades.

Na semana passada, o banco de investimentos americano Goldman Sachs cortou sua previsão de crescimento da China em 2022 de 4,8% para 4,3%. E o FMI (Fundo Monetário Internacional) mantem uma projeção de crescimento de 4,9% para este ano, abaixo da média histórica chinesa.

Indicadores 1

O Índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), cresceu 0,75% em novembro em comparação com outubro, e 4,30% em comparação com novembro do ano passado, considerando-se os dados sem ajuste sazonal.

Indicadores 2

O IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) subiu 1,79% em janeiro, após ter caído 0,14% em dezembro. Com esse resultado, o índice acumula alta de 17,82% em 12 meses. O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 2,27% em janeiro após ter caído 0,51% em dezembro. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) desacelerou para 0,40% em janeiro ante a alta de 1,08% em dezembro.

Relatório Focus

A edição mais recente do Relatório Focus, publicada pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (17), mostra uma elevação das projeções para a inflação em 2022.

O IPCA projetado está em 5,09%, ante 5,03% da semana anterior e de há quatro semanas, e ainda acima do teto da meta. A inflação prevista para 2023 também subiu, e está em 3,40%, ante 3,36% da semana anterior.

E Eu Com Isso?

Os contratos futuros do Ibovespa iniciam a sessão em baixa. A liquidez permanecerá reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos, quando se comemora do dia de Martin Luther King, o que reduz a atividade nos pregões e pode amplificar a volatilidade.

As notícias são negativas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Grande demais para ignorar.

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Inflação oficial, Vendas no Varejo e dados na Zona do Euro, EUA e China são destaques na semana https://levanteideias.com.br/artigos/inflacao-oficial-vendas-no-varejo-e-dados-na-zona-do-euro-eua-e-china-sao-destaques-na-semana https://levanteideias.com.br/artigos/inflacao-oficial-vendas-no-varejo-e-dados-na-zona-do-euro-eua-e-china-sao-destaques-na-semana#respond Fri, 07 Jan 2022 22:00:00 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35176 Depois de uma primeira semana de ano sem muitos indicadores, com a principal notícia vindo dos Estados Unidos com a ata do Fomc (Federal Open Market Committee), a segunda semana de 2022 já reserva dados importantes para o mercado financeiro local e global. No Brasil, a grande expectativa é para a terça-feira (11), que terá… Read More »Inflação oficial, Vendas no Varejo e dados na Zona do Euro, EUA e China são destaques na semana

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Depois de uma primeira semana de ano sem muitos indicadores, com a principal notícia vindo dos Estados Unidos com a ata do Fomc (Federal Open Market Committee), a segunda semana de 2022 já reserva dados importantes para o mercado financeiro local e global.

No Brasil, a grande expectativa é para a terça-feira (11), que terá a divulgação da inflação oficial do mês de dezembro de 2021 e do ano. A divulgação deste dado costuma mexer com o mercado, afetando o desempenho da Bolsa de Valores e afetando a análise do mercado para os próximos meses.

Além da inflação, na sexta-feira (14), o mercado acompanha com atenção os resultados das Vendas no Varejo para o mês de dezembro e para 2021. Os dados apresentados pelo indicador medem a variação no valor total das vendas, ajustadas pela inflação, no varejo. 

No cenário externo, a semana também será movimentada. Na Zona do Euro, a Taxa de Desemprego de novembro, Produção Industrial e Balança Comercial movimentam o mercado. Nos EUA, os principais dados divulgadores serão o Índice de Preços ao Consumidor, Estoques de Petróleo Bruto, Balanço Orçamentário Federal, Vendas no Varejo, além de outros. Por fim, o mercado da China também espera dados relevantes, como o Índice de Preços ao Consumidor e a Balança Comercial.

Acompanhe abaixo a Agenda da Semana com os principais eventos econômicos:

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China afrouxa política monetária https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/china-afrouxa-politica-monetaria https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/china-afrouxa-politica-monetaria#respond Mon, 27 Dec 2021 13:31:27 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=35035 Desde o fim de 2019, a China tem sido onde tudo acontece antes quando o assunto é medidas econômicas para compensar os efeitos da pandemia. E a semana passada não foi exceção. No sábado (25), enquanto a maioria do mundo ocidental comemorava o Natal, o BPC (Banco do Povo da China), o banco central chinês,… Read More »China afrouxa política monetária

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Desde o fim de 2019, a China tem sido onde tudo acontece antes quando o assunto é medidas econômicas para compensar os efeitos da pandemia. E a semana passada não foi exceção. No sábado (25), enquanto a maioria do mundo ocidental comemorava o Natal, o BPC (Banco do Povo da China), o banco central chinês, divulgou novas medidas.

O BPC informou que dará mais poio à economia real e também informou que tornará a política monetária mais definida e previsível. Segundo um comunicado do BPC, haverá um uso mais “proativo” de ferramentas de política monetária. Além dos instrumentos clássicos de política monetária haverá um emprego intensivo de unções quantitativas e estruturais para ajustar a liquidez e implantar políticas setoriais.

O banco central também reiterou seus objetivos de promover o crescimento “saudável” do setor imobiliário e de proteger os direitos dos compradores de casas, bem como trabalhar para atender melhor à demanda por imóveis.

O BPC até agora adotou uma abordagem moderada ao estímulo monetário, mas aumentam as expectativas de que fará mais em 2022, especialmente se os problemas do mercado imobiliário e a desaceleração do consumo privado continuarem.

Muitos bancos centrais, incluindo o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, vêm apertando a liquidez e elevando juros. Se o BPC seguisse afrouxando a liquidez, o desbalanceamento poderia provocar uma pressão de baixa sobre o renminbi.

Os formuladores de políticas reiteraram que manterão a liquidez razoavelmente ampla e tornarão o crescimento do crédito mais estável. O PBOC também manterá estável o índice dívida / produto interno bruto de modo a estabilizar a economia. Para o governo, a economia chinesa está enfrentando três choques: queda da oferta, queda da demanda e piora das expectativas.

Para suavizar esses problemas, no início de dezembro, o BPC reduziu os depósitos compulsórios de modo a injetar 1,2 trilhão de renminbis (US$ 188 bilhões) na economia, e permitiu que os bancos reduzissem a taxa básica de juros em cinco pontos base. Naquele momento, o banco central chinês também reduziu os juros para o programa de empréstimos para as pequenas empresas.

Agora o BPC foi além e informou que vai criar programas de empréstimo para pequenas empresa e para financiar a redução de emissões. Os bancos serão incentivados a conceder mais empréstimos para as indústrias, empresas de pequeno porte e projetos ecologicamente sustentáveis.

A avaliação é que o BPC deverá prosseguir no afrouxamento da política monetária em 2022, incluindo novos cortes nos depósitos compulsórios e, possivelmente, uma redução nas taxas de juros, já que a desaceleração do setor imobiliário deve desacelerar o crescimento no ano que vem. As medidas podem incluir uma política fiscal ativa, para impulsionar o crescimento e os investimentos em infraestrutura.

Relatório Focus

Na última edição de 2021, o Relatório Focus do BC (Banco Central) mostra poucas alterações nas perspectivas para 2022. A única diferença foi que o crescimento esperado da economia voltou a cair. A variação prevista do PIB (Produto Interno Bruto) para o ano que se inicia em breve recuou para 0,42%, ante 0,50% na edição anterior e 0,58% há quatro semanas. A projeção de crescimento para 2023 também recuou, caindo para 1,80% ante 1,85% na semana passada.

E Eu Com Isso?

Os contratos futuros do Ibovespa e do índice americano S&P 500 iniciam o primeiro pregão da última semana do ano com uma leve alta.

As notícias são positivas para a Bolsa.

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Leia também: A Ômicron e a China.

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A Ômicron e a China https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-omicron-e-a-china https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/a-omicron-e-a-china#respond Tue, 07 Dec 2021 14:31:47 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=34396 O comportamento dos mercados na Ásia e na Europa na manhã desta terça-feira (07) comprovou a tese de que o maior fator de instabilidade dos preços são as incertezas. Em uma entrevista no domingo (05), o médico americano Anthony Fauci, mais conhecido infectologista dos Estados Unidos e principal consultor de saúde da Presidência americana, disse… Read More »A Ômicron e a China

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O comportamento dos mercados na Ásia e na Europa na manhã desta terça-feira (07) comprovou a tese de que o maior fator de instabilidade dos preços são as incertezas.

Em uma entrevista no domingo (05), o médico americano Anthony Fauci, mais conhecido infectologista dos Estados Unidos e principal consultor de saúde da Presidência americana, disse que os primeiros dados sobre a variante Ômicron do coronavírus eram “encorajadores”, embora tenha advertido de que ainda era preciso levantar mais dados e fazer mais estudos para chegar a uma conclusão.

No entanto, as declarações de Fauci vieram ao encontro de uma percepção dos especialistas. Por ser muito mais contagiosa que as demais, a variante Ômicron provoca menos danos e é menos letal.

Assim, mesmo que ainda leve tempo para que os laboratórios desenvolvam uma vacina contra essa nova cepa, será possível manter as economias funcionando sem a necessidade de novas medidas de isolamento.

Como resultado, as ações asiáticas subiram. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,89% e em Hong Kong o índice Hang Seng avançou 2,72%. A alta foi mais concentrada nas ações de tecnologia. O índice Hang Seng Tech avançou 4,21%, uma das maiores altas do ano.

O índice amplo MSCI Ásia Pacífico, que considera todos os mercados com exceção do Japão, avançou 1,72%. A alta se estendeu à Europa, com o índice Pan-Europeu avançando 1,9%.

Além da Ômicron, notícias de estímulos econômicos por parte do governo chinês também animaram os mercados. As autoridades em Pequim indicaram que vão tomar medidas para impulsionar a economia, tentando aliviar a crise do setor imobiliário, que vem sofrendo com endividamento em excesso.

O Banco do Povo, o banco central chinês, deverá montar um plano de empréstimos direcionados às empresas imobiliárias. Além disso, ele vai reduzir os depósitos compulsórios, liberando 1,2 trilhão de renminbis (US$ 188 bilhões) para a economia.

A economia da China não está crescendo tão rapidamente quanto o esperado, pois enfrenta os ventos contrários da desaceleração global e a queda de seu mercado imobiliário, que já foi um importante motor de crescimento.

Na terça-feira (07), o principal centro de pesquisa econômica do governo chinês estabeleceu a meta para o crescimento da economia em 2022 para 5,5%, levemente abaixo dos 6% esperados anteriormente.

Em outubro, o FMI (Fundo Monetário Internacional) havia reduzido seus prognósticos para o crescimento chinês para 5,6%. Com os estímulos ao setor imobiliário, é provável que esse número venha melhor do que as projeções.

E Eu Com Isso?

Os contratos futuros do Ibovespa iniciam a manhã com uma forte alta de 1,5%, seguindo o entusiasmo dos mercados globais. Além das altas na Ásia e na Europa, os contratos futuros do índice americano S&P 500 também estão em alta

As notícias são positivas para a bolsa.

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Leia também: Qual o risco do “novo” novo coronavírus?

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O fim do “crescimento chinês”? https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-fim-do-crescimento-chines https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-fim-do-crescimento-chines#respond Mon, 18 Oct 2021 13:43:48 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=31989 A expressão “crescimento chinês” tornou-se um lugar comum nos últimos tempos. Quando um país ou uma empresa apresenta uma expansão significativa e contínua em seus resultados, esse crescimento é considerado “chinês”. A comparação deve-se ao sistemático avanço do PIB (Produto Interno Bruto) da China nas últimas décadas. Desde o início dos anos 1980, a China… Read More »O fim do “crescimento chinês”?

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A expressão “crescimento chinês” tornou-se um lugar comum nos últimos tempos. Quando um país ou uma empresa apresenta uma expansão significativa e contínua em seus resultados, esse crescimento é considerado “chinês”. A comparação deve-se ao sistemático avanço do PIB (Produto Interno Bruto) da China nas últimas décadas.

Desde o início dos anos 1980, a China vem adotando práticas empresariais e capitalistas que destravaram sua economia e sua renda. Por isso, atualmente, seu Produto Interno Bruto é o segundo do mundo.

Em 2020, o PIB chinês estava estimado em US$ 14,7 trilhões. Ainda longe dos 20,9 trilhões do PIB americano no ano passado, mas grande o suficiente para fazer diferença na economia global.

Por isso, a atenção com que os investidores observaram a divulgação, na manhã desta segunda-feira (18), de um crescimento de “apenas” 4,9% no PIB chinês no terceiro trimestre em comparação com 2020. Embora esse número seja capaz de matar de inveja qualquer ministro da Fazenda do Ocidente (ou mesmo da Ásia), o resultado foi encarado com preocupação.

No segundo trimestre, o avanço em relação ao mesmo período de 2020 havia sido de 7,9%. A China já não desfrutaria de um crescimento chinês? E, se isso for verdade, qual o impacto sobre a economia brasileira e sobre os investimentos?

Essas perguntas merecem uma resposta um pouco mais elaborada. O crescimento chinês está baseado em dois grandes pilares. Um deles é externo, com a China se tornando o fornecedor industrial do mundo. Outro é interno. A população chinesa é enorme e era, há algumas décadas, predominantemente rural. Boa parte do crescimento veio de um processo de urbanização que criou cidades gigantescas e incorporadoras igualmente gigantescas. O país construiu apartamentos espaçosos em arranha-céus modernos para centenas de milhões de pessoas, que demandam quantidades astronômicas de cimento, minério de ferro, petróleo e soja para movimentar tudo isso.

Agora, o mercado imobiliário – em particular, a dívida que os incorporadores e compradores de imóveis acumularam – é uma grande ameaça ao crescimento.

A maior incorporadora chinesa, Evergrande, enfrenta uma séria escassez de dinheiro que já está afetando a economia. E, excluindo-se o petróleo, os demais produtos são muito relevantes para a exportação brasileira.

Crise à vista? Nem tanto.

Observando-se os números, é possível perceber que a produção industrial, o esteio do crescimento da China, caiu muito em setembro, registrando o pior desempenho desde os primeiros dias da pandemia.

Por outro lado, o consumo interno não perdeu seu ritmo. As vendas no varejo aumentaram 4,4% em setembro em relação ao ano anterior. E as famílias voltaram a gastar dinheiro em refeições em restaurantes e outros serviços em setembro, pois as autoridades chinesas foram bem-sucedidas em conter pequenos surtos do coronavírus.

A própria desaceleração industrial tem de ser observada com mais cautela. Os números, de fato, pioraram. No entanto, o setor foi prejudicado pela iniciativa chinesa de tentar produzir mais energia “limpa”, que não depende da queima de petróleo e de carvão, o que elevou os preços da eletricidade e afetou o setor industrial.

Qual a conclusão de tudo isso?

Apesar da baixa no PIB do terceiro trimestre, a economia chinesa ainda aparenta manter razoavelmente sua vitalidade.

Na avaliação dos analistas da Levante Ideias de Investimentos, está havendo uma convergência suave para um estado estacionário, de crescimento mais lento, mas longe de uma crise devastadora como se teme.

E Eu Com Isso?

A semana começa com os mercados em baixa. Os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 recuam devido às más notícias econômicas na China e, no caso brasileiro, devido às incertezas de Brasília.

No entanto, não se descarta uma reversão da tendência.

As notícias são negativas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: China: Regulação na listagem das companhias.

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Evergrande ameaça bancos internacionais https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/evergrande-ameaca-bancos-internacionais https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/evergrande-ameaca-bancos-internacionais#respond Mon, 20 Sep 2021 13:38:51 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=31064 O fantasma da crise de 2008 começa a aparecer com o avanço da crise da gigante imobiliária chinesa, a Evergrande. A companhia tem mais de US$ 300 bilhões de dívida, e já declarou que não vai conseguir cumprir alguns de seus compromissos de curto prazo. A escala do problema é quase inimaginável para nós. Atualmente,… Read More »Evergrande ameaça bancos internacionais

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O fantasma da crise de 2008 começa a aparecer com o avanço da crise da gigante imobiliária chinesa, a Evergrande. A companhia tem mais de US$ 300 bilhões de dívida, e já declarou que não vai conseguir cumprir alguns de seus compromissos de curto prazo.

A escala do problema é quase inimaginável para nós. Atualmente, a companhia tem mais de 800 projetos em mais de 300 cidades chinesas, e precisa entregar quase 1 milhão de apartamentos já vendidos.

À medida que a crise se desenvolve, começam a sair notícias relacionadas. Possivelmente, BlackRock, UBS e HSBC são grandes detentores de títulos da companhia, posto que todas têm divisões que investem em mercados emergentes de maior risco ou créditos asiáticos.

Além disso, o PCC (Partido Comunista Chinês) começa a tomar atitudes de ordem macroeconômica. Só na semana passada, o Banco Central da China injetou 90 bilhões de yuans na economia em apenas um dia, o equivalente a quase US$ 14 bilhões, a fim de minimizar os efeitos da possível crise desencadeada pelo default na Evergrande.

E Eu Com Isso?

O problema de ordem operacional da gigante da construção civil reacendeu a preocupação com o tamanho da dívida privada chinesa.

O principal medo é que um possível calote da companhia gere um “efeito-dominó” em toda a economia, transbordando a preocupação para os diversos outros setores da matriz produtiva do país.

No ano, as ações da Evergrande já recuam mais de 84% na Bolsa de Hong Kong.

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Leia também: A incógnita da China.

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O Fed e a China https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-fed-e-a-china https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/o-fed-e-a-china#respond Tue, 27 Jul 2021 15:22:21 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=28589 A terça-feira (27) começa com os mercados sob forte expectativa do que vai ocorrer nas principais economias. Há pontos que demandam atenção nos Estados Unidos, na China e até mesmo na Zona do euro. Nos Estados Unidos, hoje é o primeiro dia da reunião do Fomc (Federal Open Market Committee). Esse comitê do Federal Reserve… Read More »O Fed e a China

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A terça-feira (27) começa com os mercados sob forte expectativa do que vai ocorrer nas principais economias. Há pontos que demandam atenção nos Estados Unidos, na China e até mesmo na Zona do euro.

Nos Estados Unidos, hoje é o primeiro dia da reunião do Fomc (Federal Open Market Committee). Esse comitê do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, é semelhante ao Copom (Comitê de Política Monetária). O resultado da reunião será divulgado amanhã (28).

O que os investidores querem saber é qual será a narrativa. Se o Fomc vai prosseguir comprando US$ 120 bilhões em títulos públicos e hipotecários (80 bi em TP e 40 bi em hipotecários) todos os meses para irrigar ainda mais um mercado já inundado de liquidez, ou se vai começar a discutir a sério uma redução na política de estímulo à economia.

Tem sido difícil prever o que o Fed vai fazer devido à incerteza econômica. Há argumentos sólidos e convincentes para defender tanto a manutenção da política quanto sua suspensão.

Por um lado, os indicadores de emprego não mostram uma recuperação consistente da atividade econômica e, para piorar, há sinais de recrudescimento das contaminações pela variante delta do coronavírus.

Por outro lado, os índices de inflação estão registrando as maiores variações em décadas, tanto nos preços ao consumidor quanto nos preços ao produtor.

Espera-se um pouco mais de clareza na quinta-feira (29), quando deverá ser divulgada primeira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) americano referente ao segundo trimestre deste ano.

A expectativa é de um crescimento acelerado, mas apenas após a divulgação do resultado será possível medir a temperatura da economia.

Do outro lado do Pacífico, os pregões já encerraram as atividades da terça-feira e, repetindo o ocorrido na véspera, registraram fortes quedas.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 422%. No momento de maior baixa, a queda foi de mais de 5%.

Em dois dias, o Hang Seng recuou cerca de 8%, devido a temores quanto a um endurecimento regulatório do governo chinês.

Na segunda-feira, as autoridades reguladoras de mercado anunciaram novas regras para as plataformas de entrega de alimentos. Uma das exigências era com relação à remuneração dos entregadores, que deveriam receber pelo menos o salário mínimo.

Essa medida foi considerada muito prejudicial para os resultados de empresas como Alibaba e Meituan, cujas ações desabaram na segunda-feira.

Como se não bastasse, a incerteza também aumentou na Zona do Euro. Na manhã desta terça-feira, mais um diretor do BCE (Banco Central Europeu) criticou a manutenção de uma política monetária expansionista por período indeterminado.

Na semana passada, o BCE informou que buscará uma postura “persistentemente acomodativa”. Em língua de seres humanos, isso significa que as taxas de juros europeias permanecerão em níveis baixos até que a inflação esteja em linha com a meta de 2%.

Alguns diretores do BCE criticaram a manutenção desses estímulos por tanto tempo, o que mostra uma divisão na cúpula do BCE.

Indicadores

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 1,24% em julho, percentual inferior aos 2,30% de junho.

O índice acumula alta de 10,75% no ano e de 17,35% em 12 meses. Em julho de 2020, o índice variou 0,84% no mês e acumulava alta de 3,95% em 12 meses.

E o ICST (Índice de Confiança da Construção) subiu 3,3 pontos em julho, para 95,7 pontos. É o maior nível desde os 96,3 pontos de março de 2014. As informações são da Fundação Getulio Vargas.

E Eu Com Isso?

Todas essas indefinições devem cobrar um preço em termos de volatilidade nos mercados ao longo da terça-feira, e isso será amplificado pelo número elevado de balanços que serão divulgados ao longo da semana.

Na terça-feira, tanto os contratos futuros do Ibovespa quanto os do índice americano S&P 500 estão em queda.

As notícias são negativas para a Bolsa.

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Leia também: A nova narrativa dos juros.

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China proíbe downloads do app Didi https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/china-proibe-downloads-do-app-didi https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/china-proibe-downloads-do-app-didi#respond Mon, 05 Jul 2021 13:57:15 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=27613 O governo da China inaugurou um novo capítulo na disputa com os gigantes da tecnologia do país nos últimos dias, buscando regulamentar a coleta e uso de dados promovida pelas companhias. Na última segunda-feira, a CAC (Administração do Ciberespaço da China) abriu uma investigação de segurança cibernética na Boss Zhipin, listada nos EUA, e subsidiárias… Read More »China proíbe downloads do app Didi

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O governo da China inaugurou um novo capítulo na disputa com os gigantes da tecnologia do país nos últimos dias, buscando regulamentar a coleta e uso de dados promovida pelas companhias.

Na última segunda-feira, a CAC (Administração do Ciberespaço da China) abriu uma investigação de segurança cibernética na Boss Zhipin, listada nos EUA, e subsidiárias da Full Truck Alliance.

Já neste domingo (4), o órgão ordenou que as lojas de aplicativos no país removessem o serviço de chamada de carona Didi (DIDI), alegando que a empresa havia se envolvido na coleta e uso ilegal de dados pessoais.

Na semana passada, o mesmo regulador anunciou uma revisão da cibersegurança na empresa, no mesmo período em que foi realizada a sua oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos.

Em uma mensagem postada no serviço chinês Weibo, semelhante ao Twitter, o vice-presidente da Didi ameaçou processar qualquer pessoa que alegasse que a empresa transferiu seus dados domésticos para o exterior.

“Como muitas empresas chinesas listadas no exterior, Didi armazena todos os dados de usuários domésticos em servidores na China. É absolutamente impossível passar dados para os Estados Unidos”, escreveu ele.

O governo chinês vem fechando o cerco às gigantes da tecnologia nos últimos meses, desde o cancelamento da listagem de US$ 34,5 bilhões do Ant Group até a multa antitruste de US$ 2,8 bilhões do Alibaba (BABA).

E Eu Com Isso?

O risco regulatório atrapalha uma melhor precificação das empresas chinesas no contexto dos mercados internacionais.

Vemos pares semelhantes China-Estados Unidos com crescimento, margens e métricas de retorno parecidas negociando com descontos enormes devido a este risco.

Neste capítulo mais recente, os reguladores parecem estar focados nos dados devido a sua importância para a indústria de tecnologia, um dos principais impulsionadores do crescimento econômico.

Fica a dúvida se as questões propostas pelos órgãos chineses vêm para ajudar a organizar o complexo mercado de tecnologia e proteger os dados dos usuários ou se é um meio de represália contra as empresas.

Coincidentemente, tais práticas vieram na semana em que a companhia fez o seu IPO nos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira (5), não haverá negócios nos Estados Unidos.

Porém, esperamos impacto negativo no preço das ações DIDI ao longo desta semana.

O impedimento de oferecer o app na loja de aplicativos significa um gargalo para o crescimento da companhia, cujo preço embute uma elevada expectativa de growth.

Evidentemente, o quadro de longe é irreversível, mas o risco afasta potenciais investidores e faz o mercado exigir um prêmio pelo risco adicional devido às incertezas legais.

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Leia também: Início das negociações da Didi.

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Commodities em alta https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/commodities-em-alta-2 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/commodities-em-alta-2#respond Fri, 18 Jun 2021 14:27:51 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=26337 A semana se encerra com os investidores refazendo as contas sobre o comportamento dos preços dos ativos físicos, especialmente as commodities. O que está em questão é como as cotações vão se comportar tendo em vista a mudança das expectativas para as medidas de estímulo econômico por parte dos bancos centrais, principalmente o Federal Reserve… Read More »Commodities em alta

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A semana se encerra com os investidores refazendo as contas sobre o comportamento dos preços dos ativos físicos, especialmente as commodities.

O que está em questão é como as cotações vão se comportar tendo em vista a mudança das expectativas para as medidas de estímulo econômico por parte dos bancos centrais, principalmente o Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Retomando: na quarta-feira (16), o Fed encerrou sua reunião de dois dias e decidiu manter os juros estáveis.

No entanto, ele revisou para cima as projeções de inflação.

Além disso, colocou em pauta antecipar o fim das recompras de títulos, que vêm injetando US$ 120 bilhões na economia americana todos os meses.

Os efeitos dessa injeção de recursos têm sido discutidos. Teoricamente, o dinheiro deveria ir para os bancos e ser repassado a seus clientes na forma de empréstimo, o que eleva a demanda da economia como um todo e acelera na recuperação da crise.

No entanto, na prática, os bancos não estão encontrando tanta demanda assim por empréstimos.

Assim, os recursos estão sendo investidos em mais títulos públicos para serem revendidos ao Fed, ou podem financiar posições em ativos como ações e commodities.

Logo após o anúncio do Fed, na quarta-feira, os preços das commodities recuaram. A onça-troy (31,1 gramas) do ouro caiu 6,1% em dois dias, retrocedendo de US$ 1.894 para US$ 1.778. Porém, os preços do minério de ferro se recuperaram rapidamente.

Além da demanda dos investidores por commodities, as perspectivas são de persistência da demanda final.

As principais economias – Estados Unidos, China e, em menor escala, Europa – devem manter uma trajetória de crescimento.

Empresas brasileiras que exportam materiais básicos notaram que a demanda permanece aquecida.

Isso indica que, apesar dos solavancos e das correções de rumo dos bancos centrais, o mercado das commodities ainda apresenta algumas oportunidades.

E Eu Com Isso?

O movimento do mercado nesta sexta-feira será marcado por fortes oscilações técnicas.

No Brasil, haverá o vencimento de opções de ações na B3. Nos Estados Unidos, por outro lado, haverá o “quádruplo Dia das Bruxas”, com o vencimento simultâneo de opções sobre ações, opções sobre índice, futuros de ações e futuros de índice.

Essa combinação deverá provocar uma turbulência pontual, que não está necessariamente ligada ao cenário econômico e corporativo.

No início dos negócios tanto os contratos futuros de Ibovespa quanto os do índice americano S&P 500 estavam em queda, porém o dia será marcado por uma forte volatilidade durante o ajuste.

As notícias são negativas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Alta da Selic: Copom eleva taxa para 4,25% ao ano; confira o comunicado oficial.

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Minério, Aço e a China https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/minerio-aco-e-a-china https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/minerio-aco-e-a-china#respond Tue, 25 May 2021 13:32:32 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=24855 O ano de 2021, sobretudo nos meses de abril e maio, vêm sendo uma montanha russa em termos de variação dos preços do minério de ferro nas bolsas de valores de referência para a negociação da commodity. Primeiro precisamos entender a causa das altas tão fortes nos últimos 6 meses nos preços do minério de… Read More »Minério, Aço e a China

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O ano de 2021, sobretudo nos meses de abril e maio, vêm sendo uma montanha russa em termos de variação dos preços do minério de ferro nas bolsas de valores de referência para a negociação da commodity.

Primeiro precisamos entender a causa das altas tão fortes nos últimos 6 meses nos preços do minério de ferro:

i) A Pandemia gerou um problema grave de restrição de oferta, pela paralisação das atividades no mundo todo, assim como de demanda, pelo mesmo motivo.

ii) O encolhimento da oferta em diversos mercados gerou uma queda brusca nos estoques e disponibilidades nos mais diversos mercados, inclusive o minério de ferro, com o retorno da oferta não acompanhando o ritmo de volta da demanda, impossibilitando a recomposição desses estoques em níveis normais.

iii) O choque de oferta e demanda vem gerando um ciclo de alta sobretudo nas commodities/materiais básicos, até aqui movimentos naturais de mercado.

iv) O fator potencializador para a alta das commodities vem do fato de a China ser um dos países que menos sofreram com a restrição de atividades pela pandemia, reaquecendo o território com a maior população mundial rapidamente, impulsionando a demanda pelas commodities. Um bônus vem do ambicioso plano de dobrar o PIB chinês até 2035, via investimentos em infraestrutura.

Com os países desenvolvidos com ritmo de vacinação mais forte e impactos menores de restrição, está o cenário perfeito para o “boom” de commodities observados até então.

E Eu Com Isso?

Enxergamos um cenário mais conservador para os preços de commodities daqui em diante, com o ponto mais alto desse ciclo começando a aparecer e vislumbrando uma correção para os meses adiante no segundo semestre.

Cenários atípicos e ambientes de constantes altas no mercado sempre abrem espaço para especulações e movimentos que beiram o antiético muitas vezes.

A combinação das metas chinesas para a economia e o pacote de estímulos fortes nos EUA, juntamente com as metas de neutralização de carbono, vêm trazendo produções recordes de aço na China.

Os produtores estão empolgados com as altas margens do mercado de aço, além de estarem produzindo o máximo que podem antes de as autoridades fecharem o cerco para cumprir com as metas, dado que a produção de aço é uma das atividades mais poluentes da China, usando o carvão juntamente com o minério de ferro para a sua produção.

O Comissão Nacional de Reformas e Desenvolvimento da China (CNRD) anunciou nesta segunda uma medida mais restritiva contra os monopólios e possíveis movimentos especulativos, desencadeando uma onda de vendas de aço e minério de ferro, com o mercado já mirando um arrefecimento e maior controle no fluxo produtivo do aço pelas autoridades chinesas.

Há também uma preocupação de os preços especulativos e excessivos, segundo a própria CNRD, de não repassar a alta de preços ao produtor, ligados muito aos materiais básicos, para os preços ao consumidor que vêm recuperando em ritmo mais lento que a indústria em geral.

A questão é que as forças de mercado seguem atuando fortemente, com os preços do minério de ferro ainda acima dos 160 dólares por tonelada, embora já tenham despencado 20 por cento em poucos dias.

Os estoques de minério nos portos seguem em níveis baixíssimos e em trajetória de queda, pelo menos até os últimos dados disponíveis.

Somados às limitações de oferta da commodity para este ano de 2021, a uma demanda crescente no ocidente com o avanço da vacinação e reabertura da economia ainda sustentam os preços em patamares altos e rentáveis para as grandes companhias produtoras de materiais básicos.

A pergunta de um bilhão de dólares agora é quando exatamente o ciclo de commodities se inverterá, com o reequilíbrio estabelecido entre oferta e demanda de diversos produtos, mais uma vez com a China na vanguarda das movimentações nesse mercado, com a “festa” de geração de caixa das empresas chegando ao fim, dando espaços aos setores que mais sofreram na pandemia, ligados à retomada das atividades do dia a dia no mundo.

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Leia também: Conflito na produção da China.

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