A The Coca-Cola Company (KO) apresentou, nesta terça-feira (21), antes da abertura do mercado, seus resultados do 2T21. Os números vieram fortes, com especial destaque para a forte recuperação dos volumes, mesmo com uma base de comparação fraca.
A receita totalizou US$ 10,1 bilhões, crescimento de 42% ano contra ano. Considerando a comparação orgânica, que expurga da comparação efeitos cambiais e possíveis aquisições/desinvestimentos, o crescimento foi de 37%. Destes, cerca de 70% foi via aumento de volume e o restante melhora de preços/mix.
A margem operacional comparável (non GAAP) fechou o trimestre em 31,7%, 1,7 ponto percentual a mais que 12 meses atrás.
Os ganhos na eficiência operacional foram creditados a melhora de mix de canal/embalagem. Os canais fora de casa possuem margem de contribuição mais elevada.
O lucro por ação também veio bom. Foram US$ 0,68 por ação (non GAAP), crescimento de 61% em relação ao 2T20. O número foi bem superior ao guidance, cujo topo era US$ 0,58 por ação. A geração de caixa livre (free cash flow) do primeiro semestre foi de US$ 5,07 bilhões, mais que o dobro do 1S20.
E Eu Com isso?
A Coca-Cola entregou um belo resultado, sem nenhum grande contraponto. Mesmo com as ações apresentando um outperform (performance acima da média do mercado) na última semana devido ao bom resultado da PepsiCo, acreditamos, ainda assim, que foram apresentados números mais fortes que o projetado.
Esperamos impacto positivo no preço das ações KO no curto prazo.
A receita foi uma grata surpresa no resultado. Esperava-se algo em torno dos US$ 9,5 bilhões a US$ 9,8 de dólares nas projeções mais otimistas.
A volta do consumo fora de casa surpreendeu positivamente.
Além do impacto no top-line, as margens acabaram sendo favorecidas devido a melhora de mix. A alavancagem operacional também parece ter agido, dado que na ponta contrária há uma pressão de custos relevante.
Um outro ponto positivo foi a revisão do guidance para o ano, com projeções mais otimistas.
Espera-se um crescimento orgânico de receitas de 12% a 14%; crescimento de lucro por ação de 13% a 15%; geração de caixa livre (free cash flow) de US$ 9 bilhões.
Por fim, a companhia afirmou que houve ganhos de participação de mercado em todas as categorias em que atua.
—
Este conteúdo faz parte da nossa Newsletter ‘E Eu Com Isso’.
—