Após sua privatização subsequente aquisição pela Engie (EGIE3), maior geradora privada de energia do Brasil, em 2019, e com aumento da participação da mesma no ativo em 2020, a TAG (Transportadora Associada de Gás) intensifica a disputa no mercado de gás natural no país.
Responsável pela malha de gasodutos no Norte e Nordeste, a companhia espera assinar até meados do mês os contratos de transporte que viabilizarão a entrada dos novos fornecedores de gás natural do mercado nordestino no início do ano que vem.
Ao todo, sete grupos de diferentes segmentos tiveram seus pedidos de acesso ao sistema atendidos pela TAG, sendo estes as petroleiras Shell, Galp, Equinor, Petrorecôncavo e Origem Energia, a comercializadora Compass e o cliente livre Proquigel.
A TAG e os carregadores – os responsáveis por contratarem a capacidade dos dutos da mesma – celebrarão os contratos no novo modelo de entrada e saída, que permite que um agente contrate a injeção de gás num ponto da malha e a retirada do volume em outro, sem que haja necessidade de se pagar, cumulativamente, tarifas para cada trecho de gasoduto no percurso feito pela molécula do gás de um ponto a outro. Ao todo, os agentes solicitaram uma capacidade de 11,7 milhões de metros cúbicos diários, incluídos os pedidos de entrada e saída.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para a TAG. Os novos contratos representam um marco para a abertura do mercado de fornecimento de gás para 2022.
Para a transportadora, o movimento significa diversificar sua carteira de clientes, uma vez que, hoje, seus únicos carregadores são a Petrobras e a Proquigel.
Apesar da notícia positiva, esperamos uma reação neutra no preço das ações de Engie (EGIE3), sua controladora, para o curto prazo, uma vez que os benefícios da diversificação só devem ser refletidos na operação da empresa em um horizonte mais longo.
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