A Coca-Cola Company (KO/COCA34) apresentou nesta segunda-feira (19) os seus resultados do primeiro trimestre de 2021. Os números vieram bons e bem acima do esperado em termos de receita líquida. As margens operacionais e o lucro líquido também surpreenderam positivamente, mas de forma menos impactante.
A receita líquida foi de 9 bilhões de dólares, crescimento de 4,5 por cento na comparação com o mesmo período de 2020. Esperava-se um número próximo ao apresentado um ano atrás. Considerando a receita orgânica (excluindo efeitos cambiais e as aquisições), o crescimento foi de 6 por cento.
A margem operacional ajustada (Non-Gaap) foi de 31 por cento, aumento de 0,3 pontos percentuais. A companhia creditou os ganhos a uma gestão de custos e despesas mais austera, e alguma pressão negativa devido a efeitos cambiais.
O lucro por ação (LPA) foi de 0,55 dólares por ação, acima do esperado em torno de 0,50 dólares por ação. A métrica de geração de caixa livre (caixa gerado pelas operações menos investimentos em bens de capital) passou de 1,2 bilhão de dólares no 1T20 para 1,4 bilhão de dólares no 1T21.
Por fim, a companhia atualizou o seu guidance para o restante do ano. As atualizações foram positivas, porém marginais e associadas a efeitos cambiais, financeiros e na alíquota de impostos. Junto ao resultado, a Coca-Cola anunciou que pretende realizar o IPO da sua engarrafadora Coca-Cola Beverages África (CCBA) nos próximos 18 meses. Serão vendidas parte das ações da Coca-Cola e a bolsa escolhida foi a de Amsterdã.
E Eu Com Isso?
O resultado da Coca-Cola foi bom e acima do esperado. Esperamos impacto positivo no preço das ações KO na sessão desta segunda-feira (19).
Em primeiro lugar, a receita líquida veio surpreendente, com receita orgânica na região da Ásia crescendo 18 por cento e contrabalanceando regiões mais afetadas pela Covid, como a Europa, que recuou 7 por cento. A América do Norte cresceu 4 por cento e começa a experimentar a volta do consumo fora de casa devido à redução nas medidas de distanciamento. A América Latina, apesar das dificuldades associadas à Covid, cresceu 8 por cento com consumo dentro de caixa muito forte.
Ademais, outras pequenas “boas notícias” dão corpo ao resultado: i) ganhos de margem operacional, ii) revisão do guidance para cima em algumas linhas e iii) listagem da engarrafadora na África, o que na prática funciona como um desinvestimento relevante, mas totalmente alinhado a sua nova estratégia de ser uma companhia mais enxuta.
O resultado demonstrou mais uma vez a solidez da companhia, com margens elevadas e praticamente intactas, alta diversificação global, alto retorno sobre o capital e geração de caixa livre e nível de alavancagem adequado. O processo de transformar a companhia em um negócio de inovação – e não meramente em uma empresa industrial do ramo das bebidas não alcoólicas – segue em curso e se mostra cada vez mais acertado.
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