A Camil (CAML3) reportou, nesta última quinta-feira (07), os seus resultados do 2T21. Vale ressaltar que por divulgar os seus resultados com base no ano safra, a empresa reporta “atrasada” em relação às demais.
A Receita Líquida do trimestre foi de R$ 2,2 bilhões, um crescimento de 16% em relação ao 2T20, sendo um aumento de 24% no segmento Brasil, e uma queda de 4% no Internacional.
O crescimento da receita foi impulsionado pelo crescimento de preços no mercado, devido à inflação em produtos de cesta básica, mas parcialmente compensado pela redução do volume de vendas.
Ademais, o CPV do trimestre teve um aumento de mais de 28%, impulsionado pelo aumento do preço médio das matérias primas tanto no arroz, quanto no feijão, e, principalmente, no açúcar.
Com isso, a companhia fechou o trimestre com um lucro bruto de 433 milhões, praticamente em linha com o 2T20, mas com uma compressão de 3,2 p.p. na margem bruta.
Na parte de SG&A (despesas com vendas, gerais e administrativas), a companhia conseguiu ter um bom resultado, com um aumento de apenas 3,2%, contra 28,5 da receita líquida.
O principal motivo foi a redução do SG&A na divisão internacional, com redução das despesas com vendas e despesas gerais e administrativas no período.
Dessa forma, a companhia terminou o período com um EBITDA de 191,1 milhões, uma queda de quase 8%, e uma compressão de 2,2 pontos percentuais na margem EBITDA.
As despesas financeiras tiveram um crescimento considerável, em função dos aumentos com despesas de derivativos e variação cambial. Isso resultou em um lucro líquido de R$ 106 milhões, uma queda de 23% na comparação anual, e uma compressão de 2,4 p.p. na Margem Líquida.
E Eu Com Isso?
O 2T20 ficou marcado por um movimento muito atípico. Foi o trimestre em que tudo fechou no Brasil, as pessoas estocaram alimentos básicos em casa, a exportação decolou por um real desvalorizado, fazendo com que o preço do arroz e do feijão explodisse.
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