A rede de fast-food americana Jack in the box (JACK) anunciou nesta quarta-feira (12), após o fechamento dos mercados, seus resultados do segundo trimestre do ano fiscal de 2021, encerrado no dia 12 de abril. Os números vieram medianos, em linha com o esperado em termos de receita e acima na linha de lucro por ação.
A receita líquida foi de 257 milhões de dólares, o que significa um crescimento de 19 por cento na comparação anual e em linha com as expectativas, que giravam em torno dos 250 milhões de dólares.
O indicador de vendas mesmas lojas aumentou 20,6 por cento. Destaque para as franqueadas, com variação positiva de 21,6 por cento.
A margem do restaurante (que exclui certas despesas gerais administrativas da companhia e das franqueadas) foi de 25,9 por cento, aumento de 5,3 pontos percentuais. Já a margem da operação com as franquias foi de 42 por cento, 3,4 pontos percentuais a mais que no 1T20.
Com isso o Ebitda ajustado no período foi de 75,75 milhões de dólares, aumento de 63 por cento ano contra ano e margem de 29,5 por cento.
Por fim o lucro líquido por ação foi de 1,48 dólares, acima das expectativas, que giravam em torno dos 1,30 dólares. o resultado é bem acima do registrado no 1T20, quando o lucro por ação foi de 0,50 dólares.
E Eu Com Isso?
O resultado da Jack in the Box foi mediano, e, devido à elevada exigência do mercado por surpresas nesta temporada, esperamos impacto negativo no preço das ações JACK na sessão desta quinta-feira. De acordo com levantamentos preliminares, quase 80 por cento dos resultados do 1T21 superaram a média das expectativas, mas nem todas as ações foram impactadas de maneira positiva com o resultado.
O desempenho “ok” nas receitas foi creditado à queda nas restrições de circulação (especialmente em algumas regiões, como o Texas), ao aumento no número de itens por pedido e ao auxílio governamental, que puxou as vendas nas últimas 4 semanas do período fiscal.
A expansão das margens foi decorrente da queda das principais despesas em percentual da receita (alavanca operacional), a melhora de mix e ao aumento nos preços do menu. A alta das commodities foi citada como um fator que detratou parcialmente o crescimento nas margens. A margem das franquias, por sua vez, foi beneficiada pelo desempenho de tais lojas, o que impacta os royalties recebidos pela “matriz”.
A reabertura é o principal catalisador para as empresas de consumo e lazer fora de casa nos próximos trimestres. Contudo, devido a antecipação e expectativas do mercado sobre tais setores, enxergamos menos potencial de valorização daqui para frente.
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