A Weg (WEGE3) apresentou nesta quarta-feira (22) antes da abertura dos mercados os seus resultados referentes ao 2T20. Os números vieram bons, com a Covid-19 impactando apenas de forma marginal as suas principais métricas e linhas do resultado.
Os principais destaques positivos foram (i) a combinação de crescimento de receitas e redução de custos, o que gerou ganhos de margem expressivos na comparação com o 1T20 e o 2T19 e (ii) aumento do Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC).
A receita líquida do trimestre atingiu 4.064 milhões de reais, um crescimento de 23,7 por cento na comparação anual e de 9,4 por cento na comparação trimestral.
Já o lucro antes dos impostos, juros, da amortização e da depreciação (Ebitda), métrica costumeiramente utilizada para medir o resultado operacional e a capacidade de geração de caixa de uma companhia em determinado período foi de 732 milhões de reais, uma variação positiva de 36,3 por cento na comparação com o 2T19 e de 18,3 por cento na comparação com o 1T20. Com isso margem Ebitda passou de 16,7 por cento no 1T20 para 18 por cento no fechamento do 2T20.
Por fim o lucro líquido somou 514,4 milhões de reais, um crescimento de 32,3 por cento na comparação de base anual e de 16,9 por cento na comparação com o 1T19. Também houve ganho na margem líquida, que passou de 11,8 por cento no 2T19 e no 1T20 para 12,7 por cento no segundo trimestre de 2020.
Os resultados apresentados pela Weg foram fortes e acima das expectativas, esperamos impacto positivo no preço das suas ações (WEGE3) no curto prazo. A empresa entregou aumento de margem e rentabilidade em um trimestre conturbado em função do COVID-19, mostrando sua excelência na execução.
No ano as ações da Weg (WEGE3) sobem 73,6 por cento, configurando numa das maiores altas do Ibovespa, que recua 9,8 por cento em 2020.
A sua receita líquida foi impactada positivamente pela variação cambial no período, que puxou a sua parcela de receitas do exterior. Considerando em dólares, a receita foi de 457 milhões de dólares, com crescimento de 1,2 por cento na comparação com o 1T20, mas queda de 10,2 por cento na comparação com o 2T19.
Apesar desta queda, as suas linhas de negócio se mostraram bastante resilientes, em especial àquelas associadas a produtos de ciclo longo, mais resistentes a volatilidade e incerteza de curto prazo.
Já o Ebitda e sua margem foi beneficiada tanto pelo acréscimo na linha de receita como pela queda nos custos. A companhia foi beneficiada pela redução nos custos com materiais (cobre e aço), que representam 68,2 por cento do custo dos produtos vendidos (CPV) e pela queda de 0,5 por cento na comparação com o 1T20 com despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A).
Com o forte resultado, a companhia divulgou ainda a distribuição de dividendos intermediários de 266 milhões de reais (0,12 reais por ação) com data de corte em 24/jul e as ações negociando “ex” a partir do dia 27/jul. O pagamento será realizado no dia 12/ago, juntamente com os outros proventos já anunciados ao longo do 1S20. O Retorno em Proventos é de 0,21 por cento.
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