A semana se inicia com os investidores tendo de enfrentar uma dúvida: o que as sinalizações do BC (Banco Central) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) da semana passada indicam?
É o início de um movimento global de aperto monetário e redução da liquidez, ou apenas uma desaceleração dos movimentos de estímulo que vêm sendo aplicados há mais de um ano, para atenuar o efeito danoso da pandemia sobre a economia?
Ainda não há uma resposta definitiva para essa pergunta. No entanto, é possível analisarmos essa questão focando no que interessa, os dados econômicos.
Nesta semana, serão divulgados indicadores importantes. Na terça-feira (22), será divulgada a Ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que elevou a Selic para 4,25% ao ano.
A grande questão é qual será o teto e a velocidade da elevação dos juros, que já está “contratado” pelo Banco Central.
A dúvida é se a próxima elevação da taxa referencial Selic será de 0,75 ou de 1,0 ponto percentual.
Guardadas as devidas proporções, a mesma dúvida afeta os investidores internacionais. Na sexta-feira (18), as cotações das ações caíram ao redor do mundo devido aos comentários de James Bullard, governador do Fed regional de St. Louis.
Bullard afirmou que as taxas de juros dos Estados Unidos poderão começar a subir já em 2022.
Apesar de os governadores serem relativamente independentes e suas opiniões individuais poderem ser diferentes da estratégia do Fed, esses comentários serviram para pressionar os mercados para baixo, Brasil inclusive.
Devido a esses fatores, semana será marcada pela reação aos indicadores. A grande questão, para a qual ainda não há uma resposta consistente, é se o movimento dos BCs será uma mudança geral de direção ou apenas uma correção de rota.
Essa resposta, ou os elementos para chegar a ela, vai depender dos indicadores econômicos que serão divulgados nos próximos dias.
Relatório Focus
A edição mais recente do Relatório Focus mostra que as expectativas são de continuidade do aquecimento da economia.
A projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2021 avançou para 5,00%, ante 4,85% da semana passada e 3,52% de há quatro semanas.
Esses prognósticos de aquecimento também levaram a um aumento das expectativas de inflação e dos juros.
Agora, a estimativa para a taxa referencial Selic em dezembro está em 6,50%, ante os 6,25% da semana passada e dos 5,50% de há quatro semanas.
E a inflação prevista para o ano está em 5,90%, ante 5,82% da edição anterior e 5,24% de há quatro semanas.
Importante
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E Eu Com Isso?
A semana começa com os mercados em alta, em uma reação à queda da sexta-feira e com um movimento de otimismo devido à perspectiva de bons indicadores econômicos.
As notícias são positivas para a Bolsa.
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