Real brasileiro

Recalculando o PIB

A divulgação do IBC-Br, indicador calculado pelo Banco Central (BC) que funciona como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), estimulou um recálculo dos prognósticos para o desempenho da economia brasileira. O IBC-Br divulgado na quinta-feira (13) indicou uma retração de 1,59 por cento na atividade econômica em março na comparação com fevereiro. Na comparação com março de 2020, o crescimento da atividade econômica foi de 5,39 por cento, considerando-se ambos os dados com ajuste sazonal.

Apesar da queda no IBC-Br, a primeira retração mensal registrada pelo BC desde abril de 2020, o resultado veio melhor que o esperado. O temor dos investidores era que a volta das medidas de restrição em março tivesse prejudicado muito mais a economia. O resultado, apesar de ser uma retração, mostrou uma resiliência da atividade econômica. Ao longo da semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou quedas menos intensas na atividade nos setores industrial e comercial referentes ao mês de março. Em contrapartida, a queda de 4 por cento no nível de atividade do setor de serviços mostra como as medidas de restrição seguem penalizando esse segmento importante para a economia.

Mesmo assim, o IBC-Br provocou um movimento de recálculo das estimativas para o PIB do primeiro trimestre, que deverá ser divulgado no dia 1º de junho pelo IBGE. Apesar de a edição mais recente do Relatório Focus trazer uma estimativa de crescimento de 3,2 por cento, a continuidade da vacinação poderá fazer com que a economia apresente um resultado acima disso neste ano. Apesar da “maldade estatística” – o fato de o crescimento ser, em boa parte, a recuperação do terreno perdido no ano passado – os números poderão surpreender positivamente os investidores. A conferir na próxima edição do Relatório Focus, a ser divulgada na próxima segunda-feira (17).

Cenário Internacional

Enquanto se recalculam as estimativas para o PIB brasileiro, a grande questão no mercado global é até quando vai a tolerância do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) com a inflação em alta. Na quarta-feira (12), o índice de preços ao consumidor (Consumer Price Index, CPI) indicou uma alta de 0,8 por cento em abril, muito acima do 0,2 por cento que era o consenso do mercado, e superior aos 0,6 por cento registrados em março. A inflação acumulada em 12 meses subiu para 4,2 por cento, superando as projeções de 3,6 por cento. E na quinta-feira (13), o Índice de Preços ao Produtor (Producer Price Index, PPI) indicou uma alta nos preços do atacado de 0,60 em abril, acima dos 0,30 por cento projetados. A variação em 12 meses foi de 6,2 por cento, acima dos 5,9 por cento esperados. A primeira reação foi uma alta nos treasuries de 10 anos, indicando expectativas de aumento dos juros pelo Fed. No entanto, na própria quinta-feira, o novo membro do conselho do Fed, Christopher Waller, afirmou que o banco central precisaria de mais vários meses de dados antes de avaliar o progresso econômico, o que reduziu os temores. Mesmo assim, a atitude futura do Fed permanece uma incógnita.

Impactos no Mercado

A semana se encerra com um sentimento bastante positivo no mercado, devido à melhora das expectativas para a economia. Tanto os contratos futuros de Ibovespa quanto os contratos do índice americano S&P 500 começam o dia com altas de 0,9 por cento, indicando um movimento positivo.

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Leia também: Sinais de resistência econômica | Denise Campos de Toledo.

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