A reabertura dos shoppings iniciada ontem na cidade de São Paulo foi marcada por filas e aglomeração. Com 53 shoppings, a capital paulista teve 46 reabertos ontem. Hoje reabrem os sete restantes. Dos 557 shoppings brasileiros, 385 estão em funcionamento, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
De acordo com Glauco Humai, presidente da Abrasce, a expectativa era de que a vacância ficasse em 15 por cento, mas segundo ele, atualmente está em torno de 5 por cento.
A notícia é positiva para as ações das empresas dos setores envolvidos, ou seja, incorporadoras imobiliárias, administradoras e proprietários de shoppings (incluindo os Fundos de Investimento Imobiliário, os FIIs) e varejo com forte concentração em lojas físicas (principalmente o varejo de moda e vestuário no Brasil).
Acreditamos que o impacto mais positivo acontecerá no preço das ações das empresas de shopping centers, que estavam fechados desde o dia 16 de março. Apesar de ainda estarem perdendo para o Ibovespa no acumulado do ano, as últimas semanas tem sido de forte recuperação para as empresas do setor (ALSO3, BRML3, IGTA3 e MULT3).
Porém, apesar da formação das filas impressionar, o movimento deve repetir o efeito visto em outras cidades cujos comércios foram retomados recentemente.
Quando um estouro inicial de demanda é registrado. Em seguida, essa demanda se estabiliza. Após essa estabilização, a demanda cai e fica na faixa de 60 por cento do normal.
Segundo Humai, esse efeito deve começar a ser sentido na semana que vem, após o dia dos namorados e de um primeiro fim de semana de vendas.
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