Levante Ideias - Banco do Brasil

Privatização do BB na mesa

Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), voltou a defender a privatização do banco em uma audiência pública de comissão mista do Congresso na segunda-feira (8). A proposta de Novaes é vender no mercado mais uma parte das ações que hoje pertencem ao governo.

De acordo com o presidente, esse modelo de privatização não significa que a venda será feita para outro grande banco ou para estrangeiros, mas sim através da pulverização do controle transformando-o naquilo que ele chamou de uma “Corporation”.

A sua principal preocupação é a instituição não conseguir acompanhar a velocidade das mudanças em curso no mercado bancário, com maior concorrência no setor devido ao surgimento das fintechs, o open banking (sistema de compartilhamento de dados dos clientes) e as novas plataformas e formas de pagamento instantâneo.

Ademais, ele também citou as dificuldades enfrentadas pelo RH, impossibilitado de premiar e reter os talentos e de demitir funcionários que não estão cumprindo bem seu papel. Ele citou a perda de 50 executivos em 2019 para a iniciativa privada devido a esta limitação.

A notícia é positiva para os acionistas do Banco do Brasil (BBAS3), pois demonstra a preocupação do seu presidente em tornar o banco mais ágil, eficiente e preparado para enfrentar as transformações que vêm ocorrendo no setor de bancos.

Aos poucos, “as peças” do governo vão testando a comunicação do tema junto à população, uma forma de tentar amenizar o componente ideológico desse ponto e explicar os benefícios que uma privatização poderia trazer. Contudo, acreditamos que o tema deve enfrentar bastante resistência no Congresso e outras organizações da sociedade e vemos como improvável a sua realização até 2022.

Atualmente o governo federal detém 50 por cento das ações BBAS3 e diversas decisões devem ser submetidas aos seus órgãos de controle, o que encarece e torna o processo decisório mais lento e burocrático.

Na nossa avaliação, o investimento tecnológico não será apenas um diferencial competitivo no futuro, mas sim algo vital para a sobrevivência de qualquer companhia inserida num mercado competitivo.

Os principais catalisadores das ações do BB são: nível de rentabilidade (ROE), intensidade da queda do lucro líquido em 2020 e diminuição da distribuição de dividendos em 2020 (apenas 25 por cento do lucro líquido).

* Este conteúdo faz parte do nosso boletim diário: ‘E Eu Com Isso?’. Todos os dias, o time de analistas da Levante prepara as notícias e análises que impactam seus investimentos. Clique aqui para receber informações sobre o mercado financeiro em primeira mão.

Leia também: Privatização do Banco do Brasil

O conteúdo foi útil para você? Compartilhe!

Recomendado para você

O investidor na sala de espera

Salas de espera podem ser muito relaxantes ou extremamente desconfortáveis. Pessoas ansiosas consideram aquele período de inatividade quase uma tortura. Quem precisa de um tempinho

Read More »

Ajudamos você a investir melhor, de forma simples​

Inscreva-se para receber as principais notícias do mercado financeiro pela manhã.