A Moura Dubeux (MDNE3) divulgou nesta terça-feira (06) após o fechamento dos mercados a sua prévia operacional do terceiro trimestre de 2020.
Entre julho e setembro deste ano a companhia lançou 275 milhões de reais em Valor Geral de Vendas (VGV). Considerando apenas a parte da Companhia nos empreendimentos, o total lançado foi de 221 milhões de reais. Esse número representa uma queda de 26 por cento quando comparamos os três trimestres deste ano com o mesmo período em 2019.
Já as vendas e adesões totais líquidas no terceiro trimestre foram de 274 milhões de reais, 586 por cento a mais que no terceiro trimestre de 2019, porém somente 1 por cento a mais quando comparamos com os nove meses. A companhia abriu em detalhes os números relacionados às vendas totais (incluindo outras participações): 317 milhões de reais, sendo 123 milhões foram vendas de lançamentos (39 por cento), 195 milhões de imóveis em estoque (61 por cento).
Por fim o indicador de vendas sobre ofertas (VSO), que representa vendas/estoques mais lançamentos e demonstra a capacidade de venda da empresa de produtos em oferta, dos últimos 12 meses, terminou setembro em 51,7 por cento, patamar superior ao apresentado no segundo trimestre de 2020 (40,7 por cento) e ao 3T19 (46,1 por cento).
A prévia da Moura Dubeux foi boa e veio acima das expectativas, reflexo da forte retomada dos lançamentos, reabertura dos estandes de vendas e mercado imobiliário aquecido também na região nordeste (dois lançamentos em Recife e dois em Fortaleza).
Dessa forma, esperamos impacto positivo no preço das ações da Moura Dubeux (MDNE3) no curto prazo, com destaque positivo para o bom desempenho de vendas do estoque no período mesmo: 61 por cento da venda total e um crescimento de 12 por cento olhando em nove meses.
As ações da Moura Dubeux (MDNE3) acumulam queda de 45 por cento desde o seu IPO, comparado à desvalorização acumulado de 17,3 por cento para o Ibovespa no período.
A ampla oferta de crédito imobiliário foi destaque na região Nordeste: volume de 1,13 bilhões de reais em agosto, crescimento de 87 por cento em relação ao mesmo período de 2019.
Segundo Diego Villar, presidente da companhia: “as taxas de juros nas mínimas históricas e a baixa concorrência no Nordeste devem sustentar o crescimento da companhia nos próximos meses”.
O principal catalisador para as ações da companhia é a retomada do volume de lançamentos e o crescimento das vendas contratadas com a recuperação da economia após a quarentena da Covid-19.
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