Na noite desta quarta-feira (25), após o fechamento do mercado, o Conselho de Administração da Petrobras (PETR3/PETR4) aprovou o Plano Estratégico para o período de 2021 a 2025 da companhia.
O plano tem como base a agenda de sustentabilidade da companhia (ASG – Ambiental, Social e Governança) e foco em geração de valor, com investimentos voltados à rentabilidade no longo prazo.
O destaque principal é a definição de prazo concreto para a redução do endividamento, com definição de chegar a 67 bilhões de dólares no fim de 2021 e atingir a meta principal de 60 bilhões de dólares em 2022, patamar no qual a empresa poderá voltar a distribuir dividendos extraordinários, de acordo com a mudança recente em sua política. A companhia reportou, no último trimestre, cerca de 79 bilhões de dólares em endividamento bruto.
Em relação aos investimentos em capital fixo (Capex), foi definido que serão alocados 55 bilhões de dólares em cinco anos (em torno de 11 bilhões de dólares anuais), com cerca de 32 bilhões sendo alocado em projetos no pré-sal, visando maior rentabilidade no período.
Além disso a empresa prevê um crescimento em sua produção total de óleo e gás natural de 2,75 milhões de barris equivalentes de óleo por dia (Mboed) para 3,3 Mboed em 2025, um crescimento anual composto de 3,7 por cento.
Qual o impacto desta estratégia na prática?
O plano estratégico apresentado deixa os objetivos traçados muito bem amarrados com a agenda de sustentabilidade, seja no campo ambiental e social, como também no campo econômico-financeiro da companhia.
Enxergamos um impacto positivo para a empresa no curto prazo, mesmo com uma possível queda dos preços do petróleo, com o plano reiterando a excelente capacidade de execução da gestão atual.
O principal ponto sobre a agenda de sustentabilidade são os indicadores a ser monitorados para definição da remuneração variável dos executivos e funcionários terem um misto de metas ambientais e financeiras, de maneira objetiva e clara, o que reforça o compromisso e alinha interesses internos em relação às metas definidas para a companhia.
Os principais indicadores são: i) Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (IGEE); ii) Volume vazado de óleo e derivados (montante que “escapa” do processo produtivo para o meio ambiente); iii) Dívida bruta de 67 bilhões de dólares a ser atingida em 2021 e iv) Variação positiva do EVA (Valor econômico adicionado – métrica medida pelo diferencial do custo de capital e o lucro econômico da companhia) de 1,6 bilhão de dólares anuais.
O crescimento em termos percentuais de produção prevista para o período parece pequeno (3,7 por cento), porém em termos de volume diário é bastante significativo, significando uma adição de cerca de 600 mil barris de óleo equivalente por dia, 1/6 do volume de corte realizado pelos maiores exportadores de petróleo no mundo atualmente para manter o equilíbrio de mercado (OPEP+).
O plano mantém os principais pilares como a redução do custo e maximização do retorno do capital empregado atrelado à segurança na operação e busca por eficiência. Acreditamos que a atual gestão provou sua capacidade de execução e continuará gerando valor para a companhia daqui em diante, cumprindo com as metas divulgadas.
Petrobras é a nossa principal recomendação de ação para o ano de 2021.
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