As companhias de energia concentradas em geração hídrica já começam a sentir os efeitos da escassez de chuvas que se alastra no país em suas operações, prevendo impactos em seus resultados do segundo semestre de 2021.
Isso porque, devido à decisão de poupar o nível de água dos reservatórios, as companhias deverão comprar energia este ano para compensar a baixa geração de suas hidrelétricas de modo a complementar o que tinham inicialmente planejado.
Moacir Bertol, diretor geral da Copel (CPLE6), geradora hídrica, afirmou que quem tem base hídrica tem que administrar para fazer a operação dessa energia e amenizar os efeitos dessa exposição.
Além disso, é necessário que o setor como um todo comece a incorporar o efeito das mudanças climáticas à sua gestão, uma vez que os ciclos de secas, que antes eram de dez em dez anos, encurtaram para sete, o que altera a programação de grande parte das companhias.
Dado o atual cenário, a usina termelétrica GNA I, no Porto do Açu (RJ), recebeu autorização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para antecipar sua operação e entrar em operação comercial a partir de hoje, com o objetivo de contribuir no atendimento da demanda por energia elétrica em meio à crise no setor.
A unidade é operada pela Gás Natural Açu, joint venture formada pela petroleira BP, Siemens, SPIC Brasil e pela Prumo Logística, controlada pelo EIG, e possui capacidade instalada de 1.338,30 megawatts (MW).
E Eu Com Isso?
A antecipação da usina termelétrica GNA I é positiva dado o atual cenário de escassez hídrica enfrentado. A título de exemplo, destacamos a relevância da antecipação da linha da Taesa (TAEE11), que adicionou 1,3 gigawatts (GW) na malha de transmissão.
Como a capacidade de escoamento contava com aproximadamente 10-12 GW, o acréscimo foi bem expressivo e tem auxiliado no atual cenário.
Da mesma forma, a entrada da operação da térmica de GNA chega em um momento crítico para auxílio do quadro.
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