Levante Ideias - Vacina

Nova vacina no radar

Depois da Pfizer, nesta segunda-feira (16) foi a vez da farmacêutica americana Moderna Inc. anunciar uma vacina experimental contra a Covid-19 com 94,5 por cento de eficácia. Segundo a empresa de Cambridge, Massachusetts, foram testados 30 mil voluntários que receberam duas doses com intervalos de 28 dias. Metade deles recebeu a vacina e a outra metade recebeu um placebo. O resultado foi 95 casos de Covid-19 no total de voluntários, sendo que apenas cinco deles entre os 15 mil que haviam recebido efetivamente a vacina. As ações da Moderna Inc. já haviam fechado com uma alta de 7 por cento na sexta-feira, e estão sendo negociadas no pré-mercado desta segunda-feira com um avanço de 16 por cento.

A notícia da vacina vem animar os mercados. A expectativa dos especialistas é que o governo americano terá cerca de 60 milhões de doses das duas vacinas disponíveis ainda neste ano, e mais de um bilhão de doses disponíveis ao longo de 2021, o que é mais do que suficiente para os 330 milhões de habitantes dos Estados Unidos. A perspectiva de uma oferta ampla de vacinas permite prever uma normalização da economia, o que vem animando os mercados. No caso específico do Brasil, a trajetória da segunda-feira parece ser de alta, apesar de um aumento da volatilidade devido ao vencimento das opções de ações na B3 (LEIA MAIS ABAIXO)

BOLETIM FOCUS – A edição desta segunda-feira (16) do Boletim Focus mostra uma leve melhora nas perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB). Agora a estimativa é de uma retração de 4,66 por cento, levemente melhor que os 4,81 por cento de encolhimento previstos na semana passada. A projeção de inflação subiu levemente para 3,25 por cento ante os 3,20 por cento da semana passada e ante os 2,65 por cento de há quatro semanas. E pela primeira vez em quatro semanas, a taxa de câmbio projetada para o fim do ano caiu. Recuou para 5,41 reais, leve baixa ante os 5,45 reais da semana passada. A taxa referencial de juros Selic permanece em 2 por cento.

INDICADORES 1 – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 3,51 por cento em novembro, acima dos 3,20 por cento de outubro. Com esse resultado, o índice acumula alta de 21,76 por cento no ano e de 23,82 por cento em 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em novembro de 2019, o índice havia subido 0,19 por cento, e acumulava elevação de 3,33 por cento em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 4,59 por cento em novembro ante 4,06 por cento em outubro. Mas o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,55 por cento em novembro, abaixo dos 0,98 por cento de outubro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) voltou a subir 1,51 por cento, a mesma taxa do mês anterior.

INDICADORES 2 – A prévia extraordinária das Sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), com dados coletados até o dia 13 deste mês, sinaliza recuo da confiança empresarial e dos consumidores em novembro. Em relação ao número final de outubro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuaria 0,9 ponto, para 96,2 pontos, enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cairia 2,2 pontos, para 80,4 pontos. As expectativas em relação aos próximos meses começam a ser revistas para baixo. O movimento parece estar relacionado ao aumento da incerteza motivado pelo risco de uma 2ª onda de Covid-19 no país, como a que parece se esboçar na Europa.

A semana começa com os mercados em alta. Os contratos futuros de Ibovespa iniciam a sessão com alta de 1,40 por cento, com o índice acima de 106 mil pontos. Nos Estados Unidos, a alta dos contratos futuros do índice S&P 500 é de 1,05 por cento. Por aqui, porém, o vencimento das opções de ações deverá elevar a volatilidade dos preços no pregão da B3.

* Este conteúdo faz parte do nosso boletim diário: ‘E Eu Com Isso?’. Todos os dias, o time de analistas da Levante prepara as notícias e análises que impactam seus investimentos. Clique aqui para receber informações sobre o mercado financeiro em primeira mão.

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