Magazine Luiza (MGLU3) – Resultado do quarto trimestre de 2019
O resultado trimestral da Magazine Luiza (MGLU3) superou as expectativas em termos de receita líquida e margem Ebitda e veio em linha com o esperado para o lucro líquido.
O principal destaque positivo foi o desempenho operacional: crescimento de 24 por cento nas vendas nas lojas físicas, com aumento de 12,6 por cento nas vendas mesmas lojas e forte crescimento do varejo eletrônico, que praticamente dobrou e agora já representa 48 por cento das vendas totais (GMV).
No ano, a companhia fechou o período com crescimento total de 76 por cento nas vendas do comércio eletrônico. O crescimento foi de 93 por cento apenas no quarto trimestre.
Esperamos impacto positivo no preço das ações (MGLU3) no curto prazo, pois a empresa conseguiu novamente atingir as expectativas. Nas últimas semanas, as ações ligadas ao setor de varejo eletrônico têm apresentado uma volatilidade considerável devido ao seu beta mais elevado, caindo mais forte em momentos de aversão a risco. No ano, porém, a valorização já é de 14 por cento.
O lucro líquido totalizou 168 milhões de reais, levemente acima do consenso (165 milhões). O forte crescimento das vendas no varejo eletrônico foi possível graças ao desempenho do aplicativo da Magalu que atingiu de 19 milhões de usuários ativos mensais.
A receita líquida atingiu 6,4 bilhões de reais no período, crescimento de 38,5 por cento em relação ao mesmo período de 2018. As despesas operacionais cresceram 55 por cento no trimestre devido à incorporação da Netshoes e investimentos adicionais em melhoria no nível de serviço e aquisição de novos clientes.
O Ebitda totalizou 394 milhões de reais, aumento de 13,3 por cento em relação ao quarto trimestre de 2018, com piora na margem Ebitda: de 7,6 por cento em 2018 para 6,2 por cento em 2019. A empresa apresentou alto retorno sobre o capital investido (ROIC): 24 por cento no quarto trimestre, e 21 por cento nos últimos 12 meses.
O resultado veio, no geral, em linha com as expectativas da Levante. Isso pode limitar a reação do mercado em relação ao que foi entregue pela companhia, apesar de confirmar sua capacidade de execução.