Nesta quinta-feira (19), a Lojas Renner informou que sofreu um ataque cibernético em seu sistema, que causou a indisponibilidade na operação do site e do aplicativo da rede, da Realize (instituição financeira da Renner) e de todas as marcas da companhia, incluindo Ashua e Camicado.
Os protocolos de controle e segurança da varejista foram prontamente acionados para bloquear o ataque e mitigar possíveis impactos.
Por volta das 18 horas, a empresa comunicou que grande parte de suas operações já haviam sido restabelecidas e que os principais bancos de dados permaneceram protegidos.
Às 20 horas de ontem, os sites da Renner ainda estavam em manutenção, e as páginas do site de relações com investidores também estavam fora do ar. Até às 8 horas da manhã desta sexta-feira (20), o site ainda se encontrava em manutenção.
A busca pela normalização da totalidade de suas atividades é essencial, visto que as sextas-feiras representam o segundo melhor dia de vendas da semana para a Renner, perdendo apenas para o sábado.
As lojas físicas não tiveram suas atividades interrompidas; porém, a rede constatou que o sistema de pagamentos parou de funcionar em algumas unidades em parte da tarde e na noite de ontem.
E eu com isso?
A notícia é negativa para as ações da Lojas Renner (LREN3) no curto prazo, que haviam fechado em alta de 1,15% no pregão regular da Bolsa ontem e passaram a cair 0,85% no after market após a varejista comunicar o ataque hacker, visto que o braço digital da Lojas Renner representa 14% das vendas da companhia.
A mensagem que a varejista recebeu dos criminosos foi de que seus arquivos tinham sido criptografados e que estavam interessados em uma recompensa em dinheiro pelos dados.
Em seu comunicado ao mercado, a Renner não informou valores solicitados pelos hackers, apenas que informaria às autoridades competentes o ocorrido.
O que se veicula no mercado é que os servidores foram infectados por um ransomware que sequestra arquivos, cobrando um valor pelo resgate, normalmente usando bitcoins.
Os ataques cibernéticos aumentaram durante a pandemia, e algumas grandes empresas já sofreram com os ataques hackers, como a JBS, a Fleury e, agora, a Renner, apenas neste ano.
De janeiro até junho de 2021, a Renner já investiu R$ 243 milhões em sistemas e equipamentos de tecnologia, bem mais do que os R$ 266 milhões investidos no ano passado.
A companhia ressaltou que faz uso de tecnologias e de padrões rígidos de segurança, e continuará aprimorando sua infraestrutura para incorporar cada vez mais protocolos de proteção de dados e de sistemas.
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