O Mercado Livre (MELI34), uma das maiores plataformas de e-commerce atuantes no Brasil e América latina, anunciou um investimento de 4 bilhões de reais no estado de São Paulo, majoritariamente nas áreas de logística e de tecnologia. A iniciativa tem como objetivo agilizar as entregas e melhorar a infraestrutura no Estado, que possui cerca de 85 por cento do total de empreendedores/sellers que fazem parte da base da plataforma.
O investimento prevê gerar cerca de 5 mil vagas e a companhia fechou uma parceria com o governo estadual para selecionar jovens de 18 a 24 anos egressos das escolas técnicas vinculadas ao Centro Paula Souza.
Os investimentos se darão nas cidades de Cajamar, onde a Amazon inaugurou recentemente um dos maiores Centros de Distribuição da operação brasileira, além de Osasco e Louveira.
E Eu Com Isso?
A disputa começa a se acirrar no mercado de comércio eletrônico no Brasil, com as empresas pioneiras se tornando cada vez mais fornecedoras de infraestrutura e serviços para os varejistas, priorizando a integração e combinação de diversas funções nas plataformas como entregas rápidas, coleta, loja virtual, serviços financeiros, crédito, publicidade/marketing, com os lojistas em busca de cada vez mais tráfego para vender seus produtos.
Acreditamos que a notícia tem efeito limitado nos preços das ações de Mercado Livre (MELI34), com os resultados trimestrais sendo um dos principais gatilhos para alta ou baixa das cotações.
A Magazine Luiza (MGLU3) e a Amazon (AMZO34) também já anunciaram mais uma rodada de investimentos robustos, com a primeira focando em plugar e integrar tecnologias distintas para se tornar um superapp e superplataforma de serviços de e-commerce. As ações das grandes empresas do setor vêm sofrendo nos últimos meses, com aceleração da queima de caixa e redução de margens, em detrimento do crescimento de tráfego e transações, evidenciado pelos resultados do 1T21.
Segundo o CEO do Mercado Livre, Fernando Yunes, o investimento se justifica pelo grande potencial de crescimento do e-commerce no Brasil, que ainda se encontra subpenetrado na visão do executivo. Segundo o levantamento do Ebit/Nielsen, o e-commerce brasileiro cresceu 41 por cento no ano de 2020, um crescimento expressivo, em um ambiente de crise econômica.
O ponto principal é quando estas gigantes do e-commerce irão “virar a chave” para gerar rentabilidade acima do ritmo de investimento para expansão. Atualmente as empresas seguem ocupando espaços no ambiente virtual, aportando montantes cada vez maiores para se estruturarem e estarem preparadas para vencer a disputa no país.
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