Na manhã desta segunda-feira (09) a operadora de plano de saúde Hapvida anunciou, via Fato Relevante, mais uma aquisição em território mineiro, a Premium Saúde, também uma operadora de planos, por 150 milhões de reais.
A Premium Saúde possui uma carteira de 125 mil beneficiários, cerca de 3,5 por cento da base total da Hapvida, majoritariamente na região metropolitana de Belo Horizonte (MG) com 65 mil vidas, além de atuar em Brasília (DF), Montes Claros e região do Triângulo Mineiro.
Atualmente cerca de 93 por cento dos beneficiários da Premium possuem planos coletivos, com ticket médio de 130 reais aproximadamente e o restante em planos individuais, com ticket médio em torno de 200 reais. Com a aquisição, juntando com o portfólio do Grupo Promed (adquirida em setembro), a Hapvida atingirá 13 por cento de market share na capital mineira, 14,3 por cento na região metropolitana de Belo Horizonte e 8,2 por cento no estado de Minas Gerais, consolidando sua presença no estado de maneira mais contundente.
A aquisição segue em linha com a estratégia da companhia de consolidação do setor de planos de saúde, incorporando ativos em regiões ainda pouco exploradas pela empresa, de maneira a gerar sinergias com a sua operação verticalizada (Planos, Hospitais, Clínicas e Laboratórios próprios).
O valor da aquisição representa um múltiplo EV/Vida de 1200 reais – Enterprise Value (Valor da Firma = Valor de mercado mais dívida líquida) dividida pelo número de beneficiários incorporados – um valor baixo em comparação ao histórico de aquisições da companhia e do setor, que em média são transacionadas acima de 2500 reais.
Consideramos o movimento como positivo, devido ao múltiplo EV/vida mais baixo da aquisição e permitindo a entrada mais consistente no estado onde ainda há grande pulverização dos planos de saúde, porém com grande potencial econômico. Com isso esperamos um impacto positivo no preço das ações (HAPV3) da companhia no curto prazo. Lembrando que a transação está sujeita à aprovação tanto do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), quanto da ANS (Agência Nacional da Saúde), porém os órgãos não devem dificultar o processo.
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