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Há risco de inflação?

Governo e oposição discutem se a inflação está, ou não, fora dos parâmetros. Enquanto isso, o comando do Banco Central está tendo de calibrar seu modo de atuação tendo em vista preços em alta.

Tudo isso parece próximo, mas está acontecendo no Hemisfério Norte.

Nos Estados Unidos, o governo democrata vem minimizando a alta de preços, mas a oposição republicana está alertando para os índices cada vez mais elevados, tanto no atacado quanto no varejo.

Já o BCE (Banco Central Europeu) elevou sua meta de inflação para 2%. A anterior era abaixo desse percentual.

Além disso, economias menos relevantes, como o México, estão mostrando sinais de que os preços sobem.

Aqui no Brasil, apesar do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) ter mostrado uma acomodação, ela ocorreu em um patamar elevado.

E o IPCA, que traz a meta oficial, vem subindo concretamente e registrando expectativas cada vez maiores na edição semanal do Relatório Focus.

A inflação voltou a ser um problema mundial?

Provavelmente não.

Porém, o risco de descontrole de preços está maior do que estava anteriormente à pandemia. Para entender isso, temos de pensar na inflação como um fenômeno tanto monetário quanto da chamada economia real.

Pela definição acadêmica, inflação é um processo de elevação sistemática de todos os preços da economia.

Se, por exemplo, um navio encalhar no Canal de Suez e bloquear o transporte de petróleo, as cotações do petróleo vão subir.

É um aumento de preços, mas não é inflação.

Porém, se essa alta do petróleo contaminar, por exemplo, os preços das commodities, do aço e da energia por um período mais prolongado, aí pode ser considerado inflação.

No caso, inflação de oferta: a contração da oferta de uma commodity essencial pressiona os índices de preço.

Ao mesmo tempo, se o governo de um país começar a imprimir moeda de maneira desenfreada (por exemplo, monetizando a dívida pública), isso poderá provocar inflação.

No caso, inflação monetária: o excesso de dinheiro pressionando os preços.

O que está ocorrendo nos Estados Unidos, na Europa e, por consequência, no Brasil, é uma alta de preços tanto monetária quanto da economia real.

No caso real, o exemplo mais didático é o dos microchips, cujas cadeias de produção foram afetadas pela pandemia.

Esses componentes são essenciais para a produção de inúmeros itens -de automóveis a aparelhos médicos – e a queda da demanda eleva os preços, compromete a produção de equipamentos e pode disparar um processo inflacionário.

No caso da inflação monetária, as políticas expansionistas do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, do Banco Central Europeu e das autoridades monetárias da China, do Japão e da Inglaterra justificam uma alta sistemática de preços devido à expansão monetária.

O quanto disso é um risco?

Durante as últimas décadas, a expansão monetária, especialmente nos Estados Unidos, foi compensada por ganhos de produtividade (especialmente na China) e por um aumento da produção de alimentos que manteve controlados os preços da comida.

Agora, a expansão monetária se acelerou e a economia se contraiu. O resultado é não só um aumento da inflação, mas a volta de uma inflação “antiga”, semelhante à dos anos 1970.

A questão de vários trilhões de dólares é se os banqueiros centrais têm as ferramentas para conter a expansão dos preços.

E Eu Com Isso?

Os mercados no Brasil e nos Estados Unidos iniciam o dia em leve alta, mantendo a trajetória de recuperação das perdas registradas na segunda-feira (19).

No entanto, a alta pode ser comprometida devido a notícias ruins com os resultados corporativos nos Estados Unidos.

As notícias são positivas para a bolsa em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Como o BC vê a inflação.

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