Com a iminente chegada de 2022, serão cada vez mais frequentes as pesquisas de avaliação de governo e pesquisas eleitorais, visando, principalmente, os pré-candidatos à Presidência da República no ano que vem.
Nesta terça-feira (07), foi divulgada mais uma rodada relevante de pesquisas, de autoria da Genial/Quaest, com destaque tanto para dados do atual governo quanto para o cenário que, atualmente, está sendo desenhado para a corrida presidencial.
Destaque para a oscilação positiva da popularidade do governo, após ter atingido seus piores índices nos últimos meses: em comparação com novembro, a pesquisa de dezembro aponta para um decréscimo de 6 pontos percentuais (de 56% para 50%) na avaliação negativa, com aumento da avaliação regular (22% para 26%) e da avaliação positiva (19% para 21%) do atual mandato.
Da mesma forma, a maior preocupação da população continua sendo a economia, mas o percentual de respostas que elegem tal tema como o principal problema do país também decresceu – de 48%, em novembro, para 41% nesta última rodada.
Em contrapartida, a saúde/pandemia se estabilizou na casa dos 19%, e a pauta de questões sociais tende a avançar – passando de 10%, em outubro, para 13% em novembro e 14% em dezembro.
Ademais, o tema corrupção continua sendo o principal problema para 10% da população, em linha com todas as pesquisas anteriores.
Outras menções somam 12% e os que não souberam ou não quiseram responder representam os 4% restantes.
No que se refere às questões de intenção de voto, destaca-se a performance do agora pré-candidato Sérgio Moro, que pontua entre 10% e 11% em dois dos quatro cenários estimulados (nos outros dois, seu nome não é cogitado).
Os candidatos Bolsonaro e Lula, no entanto, ainda destoam do grupo que busca ocupar a suposta terceira via – que envolve também Ciro Gomes, com votos entre 5% e 8% nos cenário, João Doria, que tem entre 2% e 5% das intenções e outros nomes, nenhum com performance acima dos 2%. Indecisos somam entre 4% e 5% e brancos/nulos têm entre 7% e 10% das respostas.
A coleta desta rodada foi feita entre os dias 2 e 5 de dezembro, com população de 16 anos ou mais e respeitando os estratos construídos a partir dos dados de 2020 do Tribunal Superior Eleitoral.
Foram efetuadas 2.307 entrevistas por meio de abordagem face-a-face, com margem de erro estimada de 2,2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%.
E Eu Com Isso?
Apesar de haver uma grande distância até o pleito de 2022, algumas informações já podem ser analisadas sob um ponto de vista das tendências para o ano que vem: em primeiro lugar, a popularidade de Bolsonaro tende a melhorar, após o segundo semestre de 2021 reportar os picos de avaliação negativa. Fatores como acenos às bases eleitorais, possível arrefecimento da inflação e melhora nos níveis de desemprego, além do pagamento do Auxílio Brasil, devem ter impacto na avaliação de governo.
Em seguida, destaca-se a centralidade da economia como tema da corrida presidencial de 2022, com corrupção, pandemia e desigualdade sendo secundários.
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