Requentando a esperança
O Fed jogou um balde de água fria nas expectativas de corte de juros de forma acelerada. É claro que devemos considerar uma “pressão” dos investidores para que o movimento se realize o quanto antes, mas o banco central mais poderoso do mundo deixou o recado bem claro: somos independentes e ditaremos o ritmo de cortes, que pode ser bem menor e mais lento do que o esperado.
O mundo reclama, os investidores lamentam, o mercado sofre. No entanto, o Fed tomou a medida mais correta neste instante. Previsão de uma quarta-feira mais instável, mas com bons motivos para se recuperar ao longo dia. Há a esperança de avanços nas negociações entre China e Estados Unidos.
Por aqui, os olhos estão na reforma da Previdência. O adiamento da votação na Comissão Especial desagradou os investidores. Inicialmente, o sufrágio estava programado para ocorrer até amanhã (27). Contudo, tudo indica que será adiado para segunda-feira (1) ou terça feira (2).
O que move o sentimento local é a perspectiva que, mesmo com o cronograma mais apertado, a votação em dois turnos no plenário da Câmara deve ocorrer antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho. Ademais, menos um fantasma por agora, o julgamento do habeas corpus de Lula que pegou muita gente de surpresa, terminou com STF negando a liberdade ao ex-presidente, que continuará detido em Curitiba.
E Eu Com Isso?
Depois de um dia com forte queda de -1,93 por cento, influenciada tanto pelo cenário internacional como do local, o dia hoje será de recuperação. Negociação entre EUA e China em evolução, Lula preso e a reforma da Previdência em andamento na Câmara (e com votos suficiente para aprovação) serão os responsáveis pelo dia positivo por aqui.