A Eneva (ENEV3) divulgou, na noite da última sexta-feira (24), que assinou um acordo de exclusividade e preferência com o Grupo Vale Azul (GVA) e com a Tepor (Terminal Portuário de Macaé) para a formação de uma joint venture (JV) entre a Eneva e o GVA para desenvolver e operar o projeto do Tepor no Norte Fluminense.
O Grupo Vale Azul obteve licença prévia para o projeto de gás natural no Terminal Portuário de Macaé (RJ). A licença ambiental do Projeto Tepor inclui: (i) um terminal de granel líquido; (ii) um terminal de apoio offshore; (iii) um terminal de GNL com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos por dia; (iv) um terminal para manuseio de operações de petróleo bruto com quatro cais de atracação; e (v) algumas retroáreas primárias, secundárias e terciárias onshore que suportam tais terminais, medindo aproximadamente 4 milhões de metros quadrados.
Ao mesmo tempo em que anuncia seu novo projeto no sudeste, a Eneva inicia suas operações no campo de Azulão, na Bacia do Amazonas.
O ativo, pertencente ao projeto integrado de produção de gás e geração de energia elétrica Azulão-Jaguatirica II, no interior do Amazonas, foi adquirido em 2018 e até então nunca havia produzido.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para as ações da Eneva (ENEV3), visto que o projeto está alinhado com a estratégia da companhia e representa um passo importante na estratégia da mesma em sua diversificação geográfica com o desenvolvimento de um hub de gás no Sudeste.
Segundo a companhia, este hub contará com térmicas, infraestruturas associadas e suprimento de GNL via terminal de regaseificação, com grande potencial de acessar gás doméstico, uma vez que se localiza em Macaé, próximo ao Terminal de Cabiúnas e chegada na costa do gasoduto Rota 2, de escoamento de volume relevante da produção nacional atual.
Assim que a transação for efetivada, a Eneva será o acionista controlador, detendo 65% do total de ações, e o GVA deterá 35% do total de ações.
Adicionalmente, a operação dará a Eneva a opção de desenvolvimento de outros negócios no Tepor, como a distribuição de GNL em pequena escala, transbordo de óleo, líquidos e outras cargas.
Já a termelétrica Jaguatirica II possui capacidade instalada de 141 MW e está localizada no município de Boa Vista, Roraima.
O projeto venceu um leilão em 2019 pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e possuía prazo de até 2 anos para iniciar as operações, que sofreram atrasos devido à pandemia.
No momento, a área está produzindo em fase de testes. A Eneva estuda outros projetos na região e deve iniciar as operações comerciais ainda em 2021.
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