Na última segunda-feira (06), a Guiné, um dos mais importantes países para o mercado de alumínio no mundo, sofreu um golpe com os militares tomando o poder, dissolvendo a constituição em vigor até então no país e, como uma das principais medidas, fechou as fronteiras do país.
A Guiné é o segundo maior produtor de bauxita (minério do qual deriva o alumínio) do mundo, mas o maior exportador do produto.
Em comparação, a Austrália exporta em torno de 38 milhões de toneladas de bauxita enquanto a Guiné exporta mais de 62 milhões de toneladas, liderando o ranking.
A movimentação na Guiné gerou um repique nos preços do alumínio no mercado internacional, com a cotação na LME (London Mercantil Exchange), a bolsa de referência para a negociação do metal, chegando a quase US$ 2.800 por tonelada, um dos patamares mais altos historicamente e nas máximas de um período de 10 anos.
Os preços do alumínio já vinham em tendência crescente desde o fim do ano passado, com o aumento forte da demanda pela bauxita e também de importação de alumínio pela China, que segundo dados da CRU Aluminium Market Outlook, de junho de 2021, importava um volume acima de 100 milhões de toneladas de bauxita por ano.
As ações da CBA (CBAV3) fecharam em forte alta de 5,5% na segunda-feira (06 de setembro), chegando a bater uma alta de quase 9% ao longo do pregão.
A CBA é a principal produtora de alumínio e fornecedora do metal para o mercado doméstico.
E Eu Com Isso?
A tomada de poder na Guiné deve sustentar o movimento de alta no curto prazo para a bauxita e consequentemente o alumínio, dada a importância do metal para diversas indústrias como construção civil, energia elétrica, automóveis e maquinários, entre outros, em meio a uma recuperação das atividades de maneira generalizada (ao menos nas principais economias do mundo).
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