O presidente Bolsonaro declarou, nesta segunda-feira (8), que irá se filiar ao Partido Liberal (PL) nos próximos dias e disputará as eleições de 2022 com a sigla, cujo número de votação é 22. A decisão ocorre para sanar o imbróglio da falta de legenda do presidente, desde que ele saiu do PSL há cerca de 2 anos.
Bolsonaro ligou para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, nesta segunda, para confirmar a filiação. Também telefonou para outros caciques interessados em filiar o presidente – caso de Ciro Nogueira (PP-PI) e Marcos Pereira (Republicanos-SP). Por acordo, é muito provável que a vaga de vice-presidente fique com o PP.
No PL, o diagnóstico é de que o presidente terá mais autonomia por enfrentar menos resistências nos diretórios estaduais. Naturalmente, parte dos congressistas ligados ao partido deve procurar outras siglas, mas, ao mesmo tempo, o PL deve ser o destino natural de bolsonaristas para 2022.
Interlocutores políticos do presidente já trabalham para negociar candidaturas Brasil afora, especialmente no Senado Federal – pedra no sapato desse primeiro mandato de Bolsonaro.
No Amazonas, o PL deve lançar para a Casa Alta o Coronel Alfredo Menezes, amigo próximo do presidente; em Santa Catarina, o senador Jorginho Mello deve se candidatar ao governo do estado e compor palanque com o empresário Luciano Hang ou o secretário nacional da pesca, Jorge Seif Júnior – ambos pré-candidatos ao Senado Federal.
Outros nomes fortes, como Gilson Machado Neto (ministro do Turismo), Flávia Arruda (ministra da Secretaria de Governo), Magno Malta, Tarcísio de Freitas (ministro da Infraestrutura), também devem ser lançados para o Senado Federal por diferentes estados.
E Eu Com Isso?
Há menos de um ano para as eleições, Bolsonaro resolve sua filiação e começa a trabalhar pelas candidaturas que sustentarão um eventual segundo governo no Congresso.
O acordo entre PP e PL foi essencial para que não houvesse desembarques da base aliada nesse momento.
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