Após uma demorada e complicada negociação, o presidente americano Joe Biden anunciou, na quinta-feira (24), o tão aguardado pacote de investimentos na infraestrutura americana.
Ao todo, o governo vai investir US$ 580 bilhões em dinheiro novo para melhorar a infraestrutura, além de realocar cerca de US$ 700 bilhões em fundos.
Em sua maior parte, esse dinheiro a ser realocado estava reservado para outros usos, como por exemplo medidas emergenciais de combate à pandemia provocada pelo coronavírus.
O pacote ficou aquém das ambições democratas, que era de estruturar investimentos de R$ 6 trilhões.
Mesmo assim, mais da metade do dinheiro vai para investimentos em transporte, em um total de US$ 312 bilhões.
Contrariando os desejos do próprio Biden, apenas US$ 15 bilhões de dólares serão destinados à ampliação da estrutura para automóveis e ônibus elétricos.
Outros setores além do transporte, como energia, água e saneamento básico, e ampliação das redes de banda larga, deverão receber US$ 266 bilhões.
“Os investimentos que faremos como resultado deste acordo estão atrasados há muito tempo”, disse Biden após anunciar a decisão.
O presidente americano afirmou que os investimentos vão ajudar a criar empregos e a reduzir a “exclusão digital”, ao expandir a conexão com a internet.
Apesar de os números terem ficado aquém do esperado pelos democratas, a assinatura do acordo representou uma vitória política para Biden.
Ele conseguiu costurar um consenso em um Congresso profundamente dividido. E também cumpriu uma das promessas de campanha, que era de unificar o país em torno de objetivos comuns.
A decisão também deverá ser benéfica para o Brasil. Como os investimentos estão concentrados em infraestrutura física, haverá uma demanda elevada por aço e outros insumos, aquecendo o mercado de commodities minerais.
Além disso, uma injeção tão grande de recursos na produção tem efeitos multiplicadores por toda a economia americana.
Com o PIB (Produto Interno Bruto) americano crescendo, a economia chinesa será beneficiada, beneficiando os dois principais parceiros comerciais do Brasil.
Indicadores 1
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,83% em junho, acima dos 0,44% registrados em maio.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,13% e, em 12 meses, de 8,13%, acima dos 7,27% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em junho de 2020, a taxa foi de 0,02%. Mais de um terço da inflação de junho foi derivada das altas na gasolina e na energia elétrica, que contribuíram cada uma com 0,17 ponto percentual, os maiores impactos individuais, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Indicadores 2
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu 2,30% em junho, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice variara 1,80%.
Com este resultado, o índice acumula alta de 9,38% no ano e de 16,88% em 12 meses. Em junho de 2020, o índice variou 0,32% no mês e acumulava alta de 4,01% em 12 meses.
O ICST (Índice de Confiança da Construção), do FGV IBRE, subiu 5,2 pontos em junho, para 92,4 pontos, registrando a segunda alta consecutiva.
Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,2 ponto, a primeira elevação no ano.
E Eu Com Isso?
O último pregão da semana se encerra com os contratos futuros do Ibovespa em leve baixa, ao passo que os contratos futuros do índice americano S&P 500 estão em alta devido à aprovação do pacote de infraestrutura.
As notícias são negativas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.
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