Banco do Brasil (BBAS3) – resultado do quarto trimestre de 2019
O resultado do Banco do Brasil (BBAS3) foi bom e veio um pouco acima das expectativas em termos de lucro líquido e de retorno sobre o patrimônio líquido.
O lucro líquido ajustado totalizou 4,625 bilhões de reais no trimestre, acima dos 4,576 bilhões de reais esperados, um crescimento de 20,3 por cento em relação ao mesmo período de 2018. A rentabilidade patrimonial (ROE) foi de 14,7 por cento
O lucro líquido atingiu 17,85 bilhões em 2019, crescimento de 32,1 por cento em relação a 2018, pouco acima do ponto médio da previsão (guidance) do banco de 16,5 bilhões a 18,5 bilhões de reais.
Os principais destaque positivos foram: aumento da margem financeira e redução das despesas administrativas e das despesas com crédito (calote).
No lado negativo destaque para o baixo crescimento da carteira de crédito, puxado para baixo pela queda na concessão de crédito para pessoa jurídica (grandes empresas).
Esperamos impacto positivo no preço das ações (BBAS3) no curto prazo, pois o banco conseguiu aumentar o seu nível de rentabilidade (ROE) e reduziu a diferença de rentabilidade para os seus principais concorrentes.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 14,7 em 2019, comparado a 12,2 por cento em 2018, aumento de 2,5 pontos percentuais.
O destaque negativo ficou para a carteira de crédito: queda de 2,6 por cento nos últimos 12 meses, fora do guidance, que previa um intervalo entre redução de 2 por cento e aumento de 1 por cento.
O crescimento da carteira de crédito pessoa física (aumento de 8,9 por cento em 12 meses) não foi suficiente para compensar a queda na carteira de crédito de pessoa jurídica (queda de 10,9 por cento em 12 meses).
Por outro lado, a margem financeira bruta somou 14,0 bilhões de reais no trimestre, crescimento de 11,6 por cento em relação ao mesmo período de 2018 e aumento de 5,8 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2019
As receitas com tarifas cresceram 6,4 por cento em 2019, perto da média do guidance, que previa um crescimento de 5 a 8 por cento.
O BB divulgou a sua previsão (guidance) para 2020. As metas são um lucro líquido de 18,5 bilhões a 20,5 bilhões de reais, avanço de 5,5 por cento a 8,5 por cento, com destaque para a recuperação da concessão de crédito. Na média do guidance o crescimento esperado no lucro líquido é de 9,2 por cento em 2020.
O BB anunciou também o pagamento de 1,24 bilhão de reais de juros sobre o capital próprio (JCP) complementar de 0,4357 reais por ação, equivalente a um retorno sobre dividendos de 0,8 por cento. As ações serão negociadas “ex-dividendos” no dia 24 de fevereiro e o pagamento do JCP será no dia 5 de março.
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