A nova pesquisa conduzida pela XP, em parceria com a Ipespe, aponta que a taxa de reprovação do governo Bolsonaro chegou a 50 por cento. Para esta parcela da população, a atuação do governo é considerada ruim ou péssima.
O resultado está dentro da margem de erro em relação à última pesquisa (do dia 30 de abril), quando 49 por cento dos entrevistados avaliaram o governo negativamente. Já a avaliação positiva do governo variou também dentro da margem de erro, decrescendo dois pontos percentuais com relação à última pesquisa e ficando na casa dos 25 por cento.
Outro dado a ser destacado é sobre os rumos da economia: para 57 por cento dos brasileiros, a política econômica do governo atual caminha na direção contrária, enquanto somente 28 por cento entendem que ela está no caminho correto.
Por fim, quando perguntados sobre o coronavírus, 68 por cento dos entrevistados afirmaram que “o pior ainda está por vir” e 22 por cento entendem que a pior parte da pandemia já passou. O Ipespe realizou mil entrevistas via telefone, entre os dias 16 e 18 de maio, sendo a margem de erro de 3,2 pontos e o intervalo de confiança de 95 por cento.
Ocorreu um aumento da avaliação negativa do governo na margem de erro. A continuidade do aumento da avaliação negativa desde o início do governo permite algumas conclusões: a primeira é sobre a repercussão negativa da forma com a qual o presidente vem lidando com a pandemia. Em segundo lugar, os 50 por cento reforçam a tendência de que a avaliação negativa fique em cerca de metade da população, já que não houve diminuição desde as últimas pesquisas.
Por fim, destaca-se que, talvez, a base mais fiel do eleitorado de Bolsonaro esteja se desidratando, já que os níveis de aprovação do governo rondavam em torno de um terço e agora parecem mais próximos de um quarto. De qualquer forma, os números não foram nenhuma surpresa e não devem gerar qualquer tipo de impacto nos mercados.
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