Com a entrada de 2022 e o primeiro pregão do ano, nesta segunda-feira (3), se inicia oficialmente a corrida eleitoral para o pleito presidencial, marcado para outubro, e o que os principais agentes econômicos chamam de períodos de volatilidade elevada.
Apesar das estatísticas históricas mostrarem que cada ano eleitoral teve suas peculiaridades – em 2002 e 2014, por exemplo, houve forte aversão ao risco por conta das conjunturas conturbadas, mas em 2006 e 2018, a história foi outra – é fato que ano de eleições no Brasil é muito visado pelos investidores, na medida em que ele deve definir, no mínimo, os próximos quatro anos de política econômica para o País.
Como já comentado por aqui, o ano virou, mas o horizonte político continua sem grandes novidades até agora – e, a não ser por alguns eventos mais pontuais, deve continuar assim até meados de fevereiro e março.
Os pré-candidatos são já conhecidos: Bolsonaro (PL) tenta reverter sua má avaliação de governo nesta reta final; Lula (PT) tenta se manter longe dos holofotes e preservar as atuais intenções de voto; Ciro Gomes (PDT), Sério Moro (Podemos) e João Doria (PSDB) lutam para ganhar momentum e conquistar a tão sonhada vaga da terceira via, a fim de desbancar um dos dois favoritos acima. O restante dos pré-candidatos apenas faz pré-campanha, na esperança de gerar dividendos políticos e se consolidar como lideranças nacionais.
Enquanto isso, no Congresso, a expectativa é de pouca atividade legislativa e muito ruído: já neste início de ano, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), veio a público suscitar discussões sobre uma eventual revisão do teto de gastos – tema que sempre incomoda os mercados.
Nas sessões deliberativas restantes, a tendência é de votação de apenas algumas pautas pontuais e que o palanque seja usado mais para discursos político-eleitorais – afinal, grande parte dos parlamentares busca a reeleição.
E Eu Com Isso?
O ano começa devagar no que diz respeito ao cenário político. Em meio ao recesso parlamentar e ainda relativamente distantes do período de campanha, políticos focam em debater com suas bases eleitorais e nos bastidores as estratégias para o último ano da atual legislatura.
—
Este conteúdo faz parte da nossa Newsletter ‘E Eu Com Isso’.
—