A última semana de maio promete ser agitada. Serão divulgados diversos indicadores econômicos, brasileiros e americanos. Por aqui, o IPCA-15 na terça (25) e o IGP-M de maio na sexta (28). Também saem a confiança do consumidor, o nível de emprego pelo Caged e o investimento estrangeiro direto. Nos Estados Unidos, além da confiança do consumidor e dos indicadores de emprego, na quinta-feira (27) sairá o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral.
Além dos indicadores econômicos, haverá um calendário carregado na agenda política. Ainda nesta segunda-feira deverá haver uma reunião entre o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e os presidentes da Câmara e do Senado para fazer avançar as propostas da reforma tributária.
Nos próximos dias o Senado vai apreciar a Medida Provisória (MP) da venda da Eletrobras e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deve analisar e eventualmente votar a proposta da reforma administrativa.
Tudo deverá influenciar o mercado. A safra de resultados do primeiro trimestre já terminou. Agora, investidores brasileiros e americanos vão se debruçar sobre os números e sobre as notícias, para concluir como está o ritmo da economia. E as incertezas são muitas devido à disparidade de situações nos diversos países.
A expectativa é de que os Estados Unidos apresentem um bom desempenho, com o PIB crescendo mais de 6 por cento neste ano.
A estimativa para o PIB é de 6,50 por cento, ante uma prévia de 6,40 por cento ao ano. No entanto, apesar de a economia americana ser um mecanismo azeitado que roda sobre esferas, há várias incertezas pela frente. Por exemplo, o descompasso entre a oferta e a demanda por postos de trabalho, a escassez de microchips e a aceleração da inflação.
Assim, será preciso aguardar a confirmação dos números para saber se as expectativas positivas serão confirmadas ou não.
Apesar da transparência sobre os números chineses ser menor, o raciocínio também é válido. A China é, há algum tempo, o fornecedor industrial do mundo e a temperatura de sua economia define os preços das commodities, algo crucial para a economia brasileira.
No caso dos números brasileiros, na terça-feira (25) será divulgado o IPCA-15 referente ao mês de maio.
Em abril, o IPCA-15 desacelerou para 0,6 por cento, após ter surpreendido e subido 0,93 por cento em março. Também haverá o IGP-M de maio. Em abril, o índice mostrou uma inflação de 1,51 por cento, e uma alta acumulada de 32,02 por cento em 12 meses.
Além dos preços será divulgado o Índice de Evolução do Emprego do Caged. Todos esses números darão o tom do mercado.
Relatório Focus
A edição mais recente do Relatório Focus do Banco Central (BC) mostrou mais uma elevação das projeções de inflação para o ano.
O prognóstico para o IPCA subiu para 5,24 por cento, ante 5,15 por cento da semana passada. A projeção para a economia também melhorou um pouco.
O crescimento previsto subiu para 3,52 por cento ante os 3,43 por cento da semana anterior. As projeções para o dólar e para os juros não se alteraram.
O dólar previsto para dezembro segue em 5,30 reais e os juros esperados para o fim do ano permanecem em 5,50 por cento ao ano.
E Eu Com Isso?
A semana começa com leves altas nos contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500, na expectativa de números positivos para a economia americana.
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