Selic

A Selic sobe em março?

Fevereiro se encerra com incertezas e questionamentos. A principal incerteza é a trajetória da taxa de juros. Em pouco menos de três semanas, nos dias 16 e 17 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) fará sua segunda reunião de 2021. E crescem as expectativas dos investidores sobre o comportamento da autoridade monetária. O comportamento das taxas de juros no mercado futuro, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, reflete uma preocupação crescente dos investidores com relação ao comportamento da inflação.

Esse movimento é claro no mercado americano. Nas negociações de overnight na quinta-feira (25), os juros dos títulos do Tesouro americano com vencimento em dez anos voltaram a subir, chegando a ultrapassar brevemente a marca de 1,6 por cento ao ano. Foi o maior patamar em mais de um ano.

A justificativa é simples: inúmeros indicadores econômicos americanos mostram uma aceleração dos preços, tanto pela gradativa volta da atividade econômica quanto pela inundação de recursos no mercado. Ambos os fatores pressionam os preços para cima. Em suas declarações mais recentes, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem reforçado que o Fed será capaz de conviver com uma inflação um pouco mais elevada durante algum tempo para não interromper prematuramente a recuperação econômica.

O mesmo fenômeno foi registrado no mercado brasileiro. As taxas dos contratos futuros de juros subiram na quinta-feira, tanto para os vencimentos mais curtos quanto para os mais longos. A taxa dos contratos de janeiro de 2022 subiu de 3,51 por cento ao ano para 3,63 por cento. As taxas do contrato futuro de juros para janeiro de 2025 dispararam de 7,00 por cento ao ano para 7,20 por cento.

A diferença entre o Brasil e os Estados Unidos é que Roberto Campos Neto não tem tanto espaço para manobrar quanto Jerome Powell. Lá como cá, os mercados estão apresentando o fenômeno da reflação, que é a volta dos preços dos bens, serviços e ativos financeiros a níveis anteriores à crise. Porém, a dificuldade do governo brasileiro de manter as contas públicas equilibradas, aliada a um aumento da percepção do risco brasileiro, podem obrigar o Copom a iniciar mais cedo o processo de elevação dos juros.

INDICADORES I

A taxa de desocupação caiu para 13,9 por cento no quarto trimestre, depois de atingir 14,6 por cento no trimestre anterior. O resultado foi levemente inferior ao consenso, que era de 14,0 por cento. A taxa média de desocupação para o ano de 2020 foi de 13,5 por cento, a maior desde 2012. Isso corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho no País. O resultado para o ano interrompe a queda na desocupação iniciada em 2018, quando ficou em 12,3 por cento. Em 2019, o desemprego foi de 11,9 por cento.

A população ocupada em dezembro avançou 0,8 por cento ante novembro, mas recuou 8,9 por cento em relação a dezembro do ano passado. E a renda real encolheu 0,9 por cento em dezembro frente a novembro, mas subiu 3,4 por cento ante dezembro de 2019. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

INDICADORES II

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,3 pontos em fevereiro para 83,2 pontos. Foi a segunda queda consecutiva. Em médias móveis trimestrais, o índice cedeu 0,7 ponto. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 1,4 ponto, para 78,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S), recuou 3,3 pontos, para 88,0 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços diminuiu 1,0 ponto percentual, para 82,4, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

INDICADORES III

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 3,4 pontos em fevereiro, para 107,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 1,7 ponto. Foi a segunda queda seguida após oito meses de altas consecutivas. O resultado de fevereiro levou o índice ao menor nível desde os 106,7 pontos de setembro de 2020, informou a FGV.

E Eu Com Isso?

O último pregão da semana e de fevereiro começa com uma alta razoável nos contratos futuros de Ibovespa e uma leve valorização nos contratos futuros do índice americano S&P 500. A abertura indica um movimento de alta devido à busca de papéis desvalorizados, mas não se descarta uma sessão de volatilidade.

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Leia também: Indefinições dão rasteira até nos profissionais | Denise Campos de Toledo.

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