Levante Ideias - Selic

Copom anuncia aumento da taxa Selic para 5,25% ao ano

O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou, nesta quarta-feira (04), o aumento da taxa de juros básicos, a Selic, para 5,25% ao ano, um aumento de um ponto percentual. Essa é a quarta alta seguida, e o resultado vai ao encontro da expectativa do mercado, que esperava um aumento de 100 pontos-base.

Na última reunião, em 16 de junho, o Copom elevou a Selic ao patamar de 4,25% ao ano, um aumento de 0,75 ponto percentual.

Apesar do aumento, há uma discussão entre os investidores se faz sentido realizar esse aperto na política monetária agora.

Entretanto, a alta da Selic já era esperada, ainda mais com o patamar, por ora, elevado da inflação no Brasil. Na última edição, o Boletim Focus, por exemplo, projetou que a taxa Selic chegue a 7% ao final do ano, mantendo-se próxima a esse patamar até o fim de 2022.

Ainda nessa linha, o Boletim Focus estima que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – a inflação oficial – ficará em 6,79% no ano. O centro da meta para 2021 é de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. Atualmente, a inflação acumulada no ano está em alta de 3,77%, e, no acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 8,35%.

Apesar de os dados do IPCA de julho ainda não terem sido divulgados, a expectativa é de nova alta. O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que mede a prévia oficial da inflação, registrou inflação de 0,72% em julho, maior valor do índice para o mês desde 2004 (0,94%).

Dessa forma, como maneira de contornar a alta da inflação, o Banco Central utiliza a Selic como ferramenta para tentar controlar e manter a inflação na meta. 

Para a próxima reunião, o Comitê prevê um aumento da mesma magnitude. “O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, afirma o Copom.

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