Muita coisa pode acontecer em dez anos. Atualmente, alguns especialistas dizem que,
nesse período, já se pode falar em diferenças geracionais. Com a rapidez das evoluções
tecnológicas, não é nenhuma surpresa que tenhamos duas gerações consideradas
diferentes em menos de dez anos.
Para termos noção do que isso significa, há exatos 10 anos a Apple lançava o Iphone 3GS,
considerado um marco para o mercado de smartphones. Hoje, os recém-nascidos já são
nativos digitais, inseridos em um mundo tomado por tecnológicas e pela sociedade em rede,
como bem classificou e descreveu o sociólogo espanhol Manuel Castells.
Agora que 2019 chega ao fim, podemos olhar para esses últimos dez anos e,
categoricamente, afirmar: muita coisa aconteceu. Ainda que existam contestações
metodológicas sobre essa última década ter chegado ao fim (os mais cartesianos
consideram, corretamente, a virada de década somente no ano 1, nesse caso, de 2020 para
2021), aqui vou pedir licença poética para refletir sobre algumas questões que me vieram à
cabeça quando li recentemente alguns textos.
Chegamos, portanto, ao fim de mais uma década. Do ponto de vista político, vimos a
hegemonia petista trocar oficialmente de líder, com a eleição de Dilma em 2010, e
gradativamente se definhar até o impeachment da ex-presidente, em 2016. Vimos um
Estados Unidos que reelegeu Obama para, após quatro anos, eleger o improvável Trump.
Alguns países, como a China, cresceram economicamente e em poderio. Outros, como a
Venezuela, escolheram o sombrio trajeto de abandono da democracia. Agora, pagam por isso.
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