A fabricante de aeronaves comerciais e jatos executivos brasileiro, Embraer (EMBR3), divulgou na manhã desta sexta-feira (05), antes da abertura do mercado, seus resultados referentes ao 3T21. A companhia já havia divulgado sua prévia operacional e vendas, indicando mais um bom trimestre que se concretizou.
A companhia entregou no total 9 aeronaves comerciais e 21 jatos executivos no trimestre, além de aumentar a sua base de pedidos firmes (backlog) de US$ 15,9 bilhões para US$ 16,8 bilhões, puxada pelos pedidos maiores de aeronaves da geração E2 com maior ticket médio. A receita líquida foi de R$ 5,01 bilhões, um crescimento de 22% em relação ao 3T20.
O destaque principal ficou com as medidas de eficiência operacional da companhia, após o cancelamento da transação com a Boeing, que começa a dar frutos sendo este trimestre o primeiro período do terceiro tri de geração de caixa livre em 10 anos, historicamente com sazonalidade ruim para a Embraer, mesmo com volume de entregas menor. A geração de caixa livre ficou em R$ 123,3 milhões.
O Ebitda ajustado (aproximação da geração de caixa bruta) pelos efeitos não recorrentes ficou em R$ 410,7 milhões, uma margem de 8,2%, revertendo o prejuízo operacional do ano anterior.
Contabilmente, a Embraer ainda apresentou prejuízo líquido de R$ 179 milhões, embora seja um montante menor que o do terceiro trimestre de 2020.
Com os resultados operacionais com surpresa positiva, a Embraer revisou suas projeções para o fim de 2021, mantendo todas as métricas de entregas, receitas e alterando para cima a previsão de fluxo de caixa livre, que de acordo com a companhia, encerrará o ano em campo positivo em torno de US$ 100 milhões ou acima disso (R$ 550 milhões ou mais, pelo câmbio atual).
Ademais, o endividamento total segue em patamares da pandemia, acima dos R$ 20 bilhões, porém com exposição majoritariamente em dólares, o que explica o aumento do montante do 2T21 para 3T21 em reais, devido à variação cambial no período.
A companhia segue com posição de caixa mais que suficiente para suas obrigações de curto prazo, em torno de 3 vezes.
E Eu Com Isso?
A companhia parece ter tirado uma das principais preocupações de suas costas, com o segundo trimestre consecutivo de geração de caixa livre, que era justamente a continuidade do ritmo de queima de caixa forte observado no período de pandemia.
Agora com o fluxo virando para campo positivo e com boa visibilidade, a Embraer garante um balanço robusto, com posição de caixa forte e com operação mais enxuta que o período pré-pandemia.
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