Na véspera (6) das manifestações, neste mesmo espaço, escrevemos que o clima político desta semana ficaria contaminado pelos desdobramentos dos atos marcados para o dia da Independência do Brasil.
Na mesma esteira, alertamos para o risco de mais uma semana, na agenda legislativa, em que a pauta econômica ficaria em segundo plano, uma vez que os ruídos políticos entre os Poderes tirariam o foco e o clima para qualquer tentativa de avanço por meio de diálogo entre os políticos.
Dito e feito: após os protestos do 7 de setembro, a primeira reação concreta foi o cancelamento de todas as sessões deliberativas e reuniões de comissões previstas para o resto da semana. A decisão foi tomada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
No Judiciário, os ministros do Supremo Tribunal Federal se reuniram na noite desta terça-feira (7) e é esperado um pronunciamento, ainda hoje, do presidente da Corte, Luiz Fux.
Em suma, as atividades legislativas só devem ser retomadas, de fato, na segunda quinzena de setembro.
Vale destacar, também, que esta semana deve contar com posicionamentos mais enfáticos de partidos de centro e centro-direita acerca do atual governo.
E Eu Com Isso?
As manifestações do 7 de setembro reforçam que o presidente não deve buscar um discurso mais moderado nos próximos meses e que a corrida eleitoral é tema prioritário para a cúpula mais próxima de Bolsonaro.
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