Mercados na Europa operam em baixa neste início de semana, puxados por fechamentos negativos na Ásia. Dados frustrantes de julho relacionados a Vendas do Comércio e Produção Industrial na China concorreram para as realizações.
Os dados de Comércio e Produção Industrial registraram variação interanual de 8,5% e 6,4%, ante expectativas respectivas de 11,5% e 7,8%.
Entretanto, vale ponderar sobre os impactos das chuvas e alagamentos na China no último mês, mas não somente: a política de tolerância zero do governo chinês com o avanço da variante delta vem contribuindo para a desaceleração da atividade.
Várias cidades têm imposto políticas restritivas à circulação de pessoas.
Recentemente, no intuito de frear a transmissão da doença, decretou-se o fechamento do NINGBO-ZHOUSHAN, terceiro maior terminal portuário do mundo em volume de containers, em razão de um funcionário ter sido diagnosticado com Covid-19.
Despretensioso para a estatística de final de ano, o governo chinês mantém a meta oficial para o PIB (Produto Interno Bruto) largamente abaixo daquela estimada pelo mercado, 6% versus algo ligeiramente acima de 8%.
Na última semana, a curva americana exibiu nova desinclinação com dados de núcleo inflação aquém das expectativas.
Vale, entretanto, ressalvar que a composição da alta segue pouco construtiva, com alimentos e combustíveis puxando o índice cheio e serviços, mesmo expurgando passagens aéreas, acelerando.
Ademais, a prévia de agosto para o índice de sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan recuou para patamares vistos pela última vez em 2011.
O índice exibiu queda profunda de mais de 13% mês/mês, passando de 81,2 em julho para 70,2 em agosto. Trazendo alguma perspectiva ao número, em abril de 2020, ápice da pandemia e de seus efeitos sobre a atividade, o indicador registrara patamar de 71,8.
O avanço da variante delta e as medidas sanitárias resgatadas em algumas localidades e setores, como obrigatoriedade de uso de máscaras e fechamento de determinadas atividades, parecem estar colaborando na margem para maior grau de incerteza sobre os consumidores.
Os seguros de pedido de desemprego, de seu lado, seguem apontando para retomada vigorosa da atividade americana.
Para a semana adiante, nos EUA haverá divulgação da Ata da reunião do FOMC na quarta-feira e, como de praxe, o mercado aguarda alguma indicação sobre a diminuição das compras líquidas por parte do Federal Reserve.
Hoje a Autoridade Monetária mantém o ritmo de compra mensal em 120 bilhões, sendo 80 bilhões em títulos do governo e 40 bilhões em títulos hipotecários.
Na cena local não há divulgações relevantes, de maneira que os mercados devem continuar operando ao sabor dos fatos políticos e dos eventos externos
E Eu Com Isso?
Os mercados iniciam a segunda-feira em queda nos contratos futuros do índice americano S&P 500 e queda nos contratos futuros do Ibovespa.
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