Um dos grandes frigoríficos brasileiros, a Marfrig (MRFG3), divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2021, na noite desta terça-feira (10), após o fechamento de mercado.
Os números vieram sólidos, porém puxados pelo bom desempenho da operação América do Norte, enquanto a operação América do Sul obteve margens muito apertadas, com custos pressionados.
A receita líquida total foi de R$ 20,6 bilhões, crescimento de 9% na comparação anual e 19,4% na comparação trimestral, um recorde trimestral para a companhia, com 76% de contribuição da América do Norte (AN).
O Ebitda recorrente consolidado também foi forte, alcançando R$ 3,92 bilhões, com contribuição de 96% da operação AN, sendo a segunda maior marca da história da companhia, perdendo justamente para o 2T20, trimestre de maior rentabilidade.
A margem Ebitda também seguiu bastante saudável, com 19,1%, abaixo dos 21,5% obtido no ano anterior, porém 9 pontos percentuais acima do 1T21.
Ademais, na mesma toada dos números acima, o Lucro Líquido também foi o maior da história em um trimestre, chegando a R$ 1,7 bilhão, um crescimento de 9% no ano contra ano.
A alavancagem financeira reduziu por mais um trimestre, chegando a um dos níveis mais baixos dos últimos trimestres, em 1,45 vezes mensurado em reais, medido pela relação Dívida Líquida / Ebitda dos últimos doze meses (UDM), devido principalmente à forte geração de caixa livre (já após juros e investimentos), que neste tri alcançou R$ 2,24 bilhões e ao efeito favorável da variação cambial na dívida.
Com forte geração de caixa e excedente, a companhia optou pela aprovação de uma distribuição de proventos intermediários, referentes ao resultado até 30 de junho (2T21), no montante total de R$ 958,4 milhões, correspondendo a R$ 1,4 por ação, cerca de 7,16% de retorno, considerando o preço do último fechamento pré-resultado de MRFG3.
E Eu Com Isso?
A Marfrig obteve um bom resultado proveniente de sua principal operação na América do Norte, que segue com demanda saudável e ampla disponibilidade de gado para abate nos país, de modo que os custos ainda não subiram em ritmo forte, mantendo as margens em patamares saudáveis, sustentando o resultado consolidado.
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