A maior companhia estatal do Brasil, a Petrobras (PETR3/PETR4), divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2021, na noite desta quarta-feira (04), após o fechamento de mercado. Os números vieram com recordes de rentabilidade e muito acima do esperado pelo mercado e trouxeram uma surpresa no comunicado.
A receita líquida consolidada alcançou R$ 110 bilhões no trimestre, impulsionada pelo maior volume de vendas, pelo câmbio estável em torno de R$ 5,30 por dólar e, principalmente, pelo preço médio do petróleo 13% superior e o de derivados básicos 14,6% superior ao trimestre passado.
O Lucro Líquido contábil recorrente superou os R$ 40 bilhões, influenciado principalmente pela variação positiva de ativos financeiros devido à oscilação do câmbio, revertendo boa parte das perdas financeiras obtidas no 1T21.
Porém, o principal destaque contábil fica com o Ebitda recorrente (aproximação da geração de caixa bruta), que alcançou R$ 60 bilhões, com margem de 54,5%, um dos maiores patamares da história da companhia.
Com a amortização de R$ 54,8 bilhões em dívidas no trimestre, a companhia alcança o patamar de 1,49 vezes na alavancagem financeira (Dívida Líquida / Ebitda), menor patamar desde o 3T11, em um dos picos do ciclo de petróleo no mundo.
Ademais, o fluxo de caixa operacional (FCO) foi igualmente positivo, alcançando R$ 56,5 bilhões em apenas um trimestre, com fluxo de caixa livre (FCO após investimentos) chegando a R$ 48 bilhões no período.
A robustez da geração de caixa e a rápida redução do endividamento, auxiliado pelo plano de desinvestimentos, permitiu à companhia aprovar um pagamento de dividendos extraordinários no total de R$ 36,1 bilhões de forma antecipada, mesmo sem reportar a meta final de endividamento bruto abaixo do US$ 60 bilhões (estava em US$ 63 bilhões ao final do 2T21) para desencadear a nova regra no pagamento de dividendos.
O pagamento confere um retorno sobre as ações (Dividend Yield) de 9,1% considerando o último preço de fechamento de suas ações.
E Eu Com Isso?
Os resultados operacionais e financeiros da companhia beiram a excelência, alcançando as principais referências mundiais, como a companhia Royal Dutch Shell, uma das maiores petroleiras do planeta.
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