A Irani (RANI3), empresa de papel e celulose focada em papel para embalagem, divulgou na última sexta-feira (30) seus resultados referentes ao segundo trimestre deste ano. Os números vieram fortes, aproveitando o bom momento vivido pelo setor, com crescimento de preços e volume na sua principal linha de negócio.
A receita líquida da Irani no segundo trimestre de 2021 foi de R$ 403 milhões, um aumento de 67,3% em relação ao mesmo período de 2020.
A receita foi impulsionada pelo aumento de preços nos segmentos de embalagem de papelão ondulado e papel para embalagens, além do câmbio favorável para suas exportações.
Sua principal linha de negócios, o segmento de embalagem de papelão ondulado, representou 57% da receita neste trimestre, com um crescimento de 22,1% no volume e de 67,6 % no preço médio por tonelada.
Já o segmento papel para embalagens representou 32% da receita, com aumento nos preços médios e queda de 18,4% no volume, devido à menor disponibilidade de papéis da empresa para esse segmento, pois a companhia priorizou o segmento de embalagem de papelão ondulado.
Os últimos 11% da receita vieram do segmento florestal e resinas, destinados principalmente para exportação.
Com isso, o Ebitda ajustado da companhia foi de R$ 119 milhões, um crescimento de 114%, com uma margem de 29,5% (vs 23,1% no 2T20), e um lucro líquido de R$ 67,7 milhões, com margem de 16,8% vs margem de 6,3% no 2T20.
E Eu Com Isso?
O resultado da Irani no trimestre veio forte, com crescimento de 67% na receita, 114% no Ebitda ajustado e 342% no lucro líquido.
Esperamos um impacto positivo nas ações da empresa após esse resultado.
A companhia segue surfando o bom momento vivido pelo setor, com forte demanda por embalagens de papel pelas companhias do setor alimentício, e-commerce e delivery. Na guerra do e-commerce, quem fornece a embalagem é a Irani.
O resultado só não foi melhor por conta da limitada capacidade de produção da empresa, que será expandida após a conclusão do Projeto Gaia, explicado melhor a seguir.
Apesar do aumento do custo das aparas, principal matéria prima do papel para embalagens, a Irani aumentou suas margens, principalmente por conta dos maiores preços praticados e pela maior alavancagem operacional no trimestre.
O endividamento da companhia está no menor patamar desde 2013, com uma dívida líquida/Ebitda de 0,77 vezes, e com apenas 7% da dívida de curto prazo.
Vale lembrar que a companhia está realizando investimentos com o objetivo da expansão de sua capacidade de produção e suficiência energética, aumentando a competitividade da empresa e possibilitando seu crescimento futuro.
Chamado de Plataforma Gaia, o plano tem um investimento estimado de mais de R$ 880 milhões em 5 projetos, com expectativa de conclusão em 2023, o que tende a trazer uma valorização das ações da empresa no longo prazo.
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