A Cyrela (CYRE3), incorporadora e construtora de imóveis residenciais, divulgou sua prévia operacional do 2T21 nesta segunda-feira (12), após o fechamento do mercado.
Seus resultados demonstram um reaquecimento no setor imobiliário após um adiamento de vendas no primeiro trimestre do ano, afetado pela segunda onda da pandemia.
Nesse período, a companhia lançou 19 empreendimentos no segundo trimestre, ante apenas 3 lançamentos no mesmo período de 2020.
O VGV (Valor Geral de Vendas) referente à participação de Cyrela registrou R$ 1,6 bilhão no trimestre, um aumento de 642% em relação ao mesmo período de 2020.
Do VGV consolidado de R$ 1,93 bilhão, incluindo acionistas minoritários do projeto, R$ 1,2 bilhão foi de empreendimentos de alto padrão, representando 62% do total.
Os empreendimentos de médio padrão foram de R$ 229 milhões (12% do total) e R$ 513 milhões do programa CVA (Casa Verde Amarela, antigo programa Minha Casa Minha Vida, 26 por cento do total), o que demonstra uma maior resiliência do segmento de classe média e alta no período.
Ademais, as vendas líquidas contratadas da companhia foram de R$ 1,34 bilhão no trimestre, uma alta de 197% em relação ao mesmo período de 2020 e 48% em relação ao 1T21.
Desse total, cerca de 15% se refere à venda de estoque pronto, 35% à venda de estoque em construção e 50% à venda de lançamentos, atingindo uma velocidade de vendas (VSO) de lançamentos de 40,2%.
E Eu Com Isso?
O resultado operacional da Cyrela mostrou um salto nas vendas e lançamentos no segundo trimestre, porém, se deve principalmente a uma base de comparação muito fraca (2T20), no pior momento da pandemia.
De qualquer forma, o setor imobiliário como um todo está reaquecendo, após adiamentos de lançamentos afetados pela segunda onda de contaminação da Covid-19 no primeiro trimestre de 2021 e sazonalmente o mais fraco do ano.
Com isso, esperamos uma reação positiva das ações da companhia (CYRE3) no curto prazo, visto o desempenho mais forte nesse trimestre.
Entretanto, no médio prazo, a expectativa do aumento da taxa de juros até entre 6,5% e 7,00% ao ano, no fim de 2021, tende a impactar negativamente o setor de construção civil, pois maiores taxas de financiamento com prestações mais altas diminui o número de compradores de imóveis.
Além disso, o setor ainda é impactado pelos possíveis e ainda incertos efeitos da reforma tributária, que podem acabar reduzindo a lucratividade das construtoras.
Tudo isso, indica um cenário menos otimista para o setor para o segundo semestre.
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