A semana se encerra com os investidores refazendo as contas sobre o comportamento dos preços dos ativos físicos, especialmente as commodities.
O que está em questão é como as cotações vão se comportar tendo em vista a mudança das expectativas para as medidas de estímulo econômico por parte dos bancos centrais, principalmente o Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Retomando: na quarta-feira (16), o Fed encerrou sua reunião de dois dias e decidiu manter os juros estáveis.
No entanto, ele revisou para cima as projeções de inflação.
Além disso, colocou em pauta antecipar o fim das recompras de títulos, que vêm injetando US$ 120 bilhões na economia americana todos os meses.
Os efeitos dessa injeção de recursos têm sido discutidos. Teoricamente, o dinheiro deveria ir para os bancos e ser repassado a seus clientes na forma de empréstimo, o que eleva a demanda da economia como um todo e acelera na recuperação da crise.
No entanto, na prática, os bancos não estão encontrando tanta demanda assim por empréstimos.
Assim, os recursos estão sendo investidos em mais títulos públicos para serem revendidos ao Fed, ou podem financiar posições em ativos como ações e commodities.
Logo após o anúncio do Fed, na quarta-feira, os preços das commodities recuaram. A onça-troy (31,1 gramas) do ouro caiu 6,1% em dois dias, retrocedendo de US$ 1.894 para US$ 1.778. Porém, os preços do minério de ferro se recuperaram rapidamente.
Além da demanda dos investidores por commodities, as perspectivas são de persistência da demanda final.
As principais economias – Estados Unidos, China e, em menor escala, Europa – devem manter uma trajetória de crescimento.
Empresas brasileiras que exportam materiais básicos notaram que a demanda permanece aquecida.
Isso indica que, apesar dos solavancos e das correções de rumo dos bancos centrais, o mercado das commodities ainda apresenta algumas oportunidades.
E Eu Com Isso?
O movimento do mercado nesta sexta-feira será marcado por fortes oscilações técnicas.
No Brasil, haverá o vencimento de opções de ações na B3. Nos Estados Unidos, por outro lado, haverá o “quádruplo Dia das Bruxas”, com o vencimento simultâneo de opções sobre ações, opções sobre índice, futuros de ações e futuros de índice.
Essa combinação deverá provocar uma turbulência pontual, que não está necessariamente ligada ao cenário econômico e corporativo.
No início dos negócios tanto os contratos futuros de Ibovespa quanto os do índice americano S&P 500 estavam em queda, porém o dia será marcado por uma forte volatilidade durante o ajuste.
As notícias são negativas para a Bolsa em um cenário de volatilidade.
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