O dia a dia do investidor tem várias incertezas, e uma das principais é o preço das commodities. Esse mercado tem várias complexidades. Tanto a demanda quanto a oferta tendem a ser inelásticas no curto prazo. Pensemos no petróleo por exemplo. Aumentar a extração não é tão simples como ligar uma máquina. Entre a decisão de instalar uma nova plataforma e o momento de começar a refinar o óleo extraído podem se passar vários anos. Dessa forma, os preços desses materiais – petróleo, minérios, grãos – oscilam tanto. Em geral, o comportamento de seus preços é cíclico. Porém, uma alteração inesperada na oferta ou na demanda provoca violentas oscilações nas cotações.
É mais ou menos o que está ocorrendo neste momento. Não é novidade que as principais economias vivem um momento inédito em termos de liquidez elevada e juros baixos. Também não é novidade que os processos de retomada do crescimento são menos regulares e menos previsíveis do que era de se esperar. A causa são as incertezas dos processos de imunização, e de eventuais novas ondas de contaminação pela Covid-19 após o verão no Hemisfério Norte, que começa em algumas semanas. Ou seja, além do esperado aumento da demanda devido à retomada das economias, há um pesado componente especulativo. O que tem feito alguns produtos, como por exemplo o minério de ferro, registrarem preços recordes tanto no mercado à vista quanto no mercado futuro.
O minério de ferro é um bom exemplo. As cotações estão perto de 200 dólares por tonelada. O contrato futuro com vencimento em setembro, o mais negociado na bolsa chinesa de commodities de Dalian, subiu 4,3 por cento nesta terça-feira após registrar uma valorização de 5,5 por cento no momento de maior valorização do dia. Esses contratos fecharam a 1.243 iuanes (193,24 dólares) por tonelada, após chegarem a um máximo de 195,26 dólares. Um preço recorde. Algo semelhante ocorre com o petróleo. O barril do tipo Brent, que baliza os contratos e os preços da Petrobras, chegou a um máximo de 70,24 dólares. Essa seria uma cotação elevada já antes da pandemia.
Essa valorização acentuada das commodities deve demorar para passar. Apesar de alguns sustos com relação à inflação, os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa devem manter as condições monetárias “estimulativas”, para usarmos o jargão do nosso Copom. E em tempos de dinheiro farto e juros zero ou negativos, uma das alternativas dos investidores ao redor do mundo é comprar commodities para se defender da perda de valor da moeda.
Assim, não é um absurdo imaginar que o Ibovespa deverá permanecer no patamar em que se encontra, apesar de eventuais movimentos acentuados de realização. A alta das commodities justifica ganhos de ações importantes como Vale e Petrobras, o que dá sustentabilidade ao índice no médio prazo.
Porém, em momentos como esse, a alocação correta é a diferença entre o lucro e o prejuízo. Daí a importância de contar com a melhor casa de análise independente de ações e as recomendações mais precisas. Como as da Levante Ideias de Investimentos.
E Eu Com Isso?
Os contratos futuros começam o dia em leve alta, mas perto da estabilidade, com os investidores locais à espera de mais clareza no processo de privatização da Eletrobras e os mercados internacionais fazendo as contas para tentar antecipar a ata da reunião do Federal Open Market Committee (Fomc), que deve ser divulgada na quarta-feira (19). Espera-se uma sessão volátil.
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