Segundo informações de mercado, a Netflix (NFLX) está desenvolvendo um novo projeto de melhoria da plataforma, chamado de “N-Plus”. Caso venha de fato a ser lançado, os assinantes contarão com novas funcionalidades, recursos e conteúdo, como exemplo a possibilidade de criar listas personalizadas de programas (playlists), conteúdo de bastidores, podcasts e outros.
A informação, inclusive, chegou a ser confirmada pela companhia, muito embora tenha sido afirmado que o projeto faz parte de seus “esforços regulares” de melhorias com base em feedbacks recebidos dos seus assinantes.
Previamente, acredita-se que as listas dos usuários poderão ser compartilhadas, mais ou menos como outras plataformas de mídia já fazem com músicas, por exemplo. Os não assinantes só poderão assistir aos trailers desse conteúdo, incentivando-os a, potencialmente, tornarem-se também assinantes.
E Eu Com Isso?
Acreditamos que a notícia é positiva para os acionistas do Netflix (NFLX), muito embora os potenciais benefícios a serem colhidos com estes investimentos fiquem mais evidentes mais para frente, após o lançamento e apreciação do projeto junto ao público e ao mercado. Esperamos impacto neutro no preço das ações NFLX associado à notícia.
Do ponto de vista operacional e contábil, as novas funcionalidades poderão alavancar a adição líquida de novos assinantes (mais adições brutas e menos cancelamentos), especialmente se for possível experimentar de alguma forma o conteúdo disponível, de forma limitada (versões trial).
Ademais, a companhia comentou no relatório de resultados do 1T21 que o reajuste no preço dos planos não afetou a taxa de cancelamento (churn) que, inclusive, estaria em patamares superiores ao do período pré-pandemia. Na região do Canadá/Estados Unidos, a receita média mensal por usuário aumentou 9 por cento ano contra ano. Na Europa, Oriente Médio e África, o aumento foi de 4 por cento (em moeda neutra). Por fim, na América Latina (LATAM) e Ásia-Pacífico (APAC) o aumento foi de 5 por cento e 3 por cento, respectivamente.
Avaliamos essa combinação de fatores (aumento de preços sem interferência na retenção) como um fator interessante. A companhia mostra-se eficaz em melhorar a percepção de valor e poder de cobrar mais por conta disso, seja devido a melhorias na plataforma, seja disponibilizando mais e melhor conteúdo.
Em 2019 a companhia gastou 1,5 bilhão de dólares em tecnologia e desenvolvimento, 7,7 por cento da sua receita líquida. Em 2020 foram gastos 1,8 bilhão de dólares ou 7,3 por cento da receita líquida.
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