A semana que se inicia será marcada por diversos indicadores econômicos americanos, chineses e de países europeus, e pelo início da safra de resultados do primeiro trimestre das maiores empresas dos Estados Unidos.
O tom da semana foi dado no domingo (11) à noite, quando Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) concedeu uma entrevista à rede de televisão americana CBS, afirmando esperar que a economia dos Estados Unidos apresente um bom crescimento neste ano. “A economia deve começar a crescer depressa, e a geração de empregos vai chegar depressa”, disse ele na entrevista, gravada na quarta-feira (07). Powell deu a entender que o Fed permanecerá tolerante com uma taxa de inflação ao redor de 2 por cento ao ano, e não deve elevar os juros para não interromper o processo de recuperação.
Na terça-feira, está prevista a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido em fevereiro. A projeção é de uma volta ao azul, com o PIB crescendo 0,4 por cento, após ter recuado 2,9 por cento em janeiro. Os prognósticos para a economia britânica melhoraram. Após três meses de lockdown, o sucesso da vacinação permitiu a reabertura de lojas, salões de beleza e pubs, o que deverá movimentar a economia.
Na quarta-feira (14) o Fed vai publicar o Livro Bege, que analisa as condições atuais da economia americana. Finalmente, na sexta-feira (16), a China deverá divulgar o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2021. A expectativa é de um aumento superior a 19por cento. O número é elevado pela comparação, pois a economia encolheu ido 6,8 por cento no primeiro trimestre de 2020 devido à pandemia. Em termos mais localizados, a semana trará também indicativos do sentimento dos consumidores na Alemanha, que representa uma boa aproximação com o que se passa na Europa continental como um todo.
Isso no campo dos indicadores macroeconômicos. Porém, na quarta-feira também serão divulgados os resultados trimestrais dos maiores bancos americanos, como JP Morgan, Wells Fargo e Goldman Sachs.
Em seguida, na quinta-feira, serão divulgados os resultados de Citigroup e Bank of America. Por último, na sexta-feira, é a vez de Morgan Stanley. Esses resultados vão demonstrar se o desempenho das empresas permaneceu positivo no primeiro trimestre ou não, e permitirá traçar algumas estimativas para o desempenho no ano-calendário.
Por que esses números são tão importantes? Depois de várias semanas em que os movimentos do mercado foram provocados por expectativas e declarações, esta semana trará números concretos, que permitirão aos investidores chegar a conclusões e traçar estratégias de investimento baseadas em fatos. Pois se as expectativas movem os mercados, os números confirmam ou negam esses movimentos.
Relatório Focus
A edição mais recente do relatório Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo BC, mostra pioras em vários indicadores relevantes. A projeção para o crescimento do PIB neste ano recuou para 3,08 por cento ante os 3,17 por cento da semana anterior. A inflação esperada avançou para 4,85 por cento, ante 4,81 por cento. O prognóstico da taxa Selic prevista para dezembro subiu para 5,25 por cento ante os 5,00 da edição anterior, e a taxa de câmbio esperada para dezembro subiu para 5,37 reais, ante 5,35 reais.
E Eu Com Isso?
A semana começa com os contratos futuros de Ibovespa apresentando uma leve alta e os contratos futuros do índice americano S&P 500 em queda. A expectativa é de uma realização dos lucros da semana passada, mas em um dia marcado por volatilidade devido aos mercados internacionais e às indefinições da política devido à CPI da Covid.
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