Na manhã da última sexta-feira (12) a Usiminas, uma das maiores siderúrgicas do país, divulgou seus resultados do 4T20 e do consolidado do ano de 2020, antes da abertura do mercado.
Os principais destaques ficaram com:
Recorde no volume de vendas de minério de ferro e maior patamar de venda de aço trimestralmente desde o 4T15. Minério de ferro alcançou 8,7 milhões de toneladas de vendas no ano fechado de 2020 (alta de 8 por cento em relação a 2019) e 3,723 milhões de toneladas para o aço, 9 por cento abaixo do ano de 2019, mas com recorde no trimestre, com volume 12 por cento acima do 4T19.
Receita líquida e Ebitda (métrica de geração de caixa potencial), batendo recordes históricos, acima dos patamares de 2008, ano que teve o pico do último superciclo de commodities. A receita líquida alcançou 16,08 bilhões de reais (alta de 8 por cento em relação a 2019) e o Ebitda recorrente alcançou 3,19 bilhões de reais (crescimento de 62 por cento em relação a 2019), com margem recorde de 20 por cento.
Ainda a companhia fechou com geração de caixa no maior patamar histórico, reduzindo a relação Dívida Líquida / Ebitda para 0,3x no acumulado de 12 meses, um patamar baixíssimo e bastante saudável.
E Eu Com Isso?
Os resultados da companhia vieram fortes e acima das projeções de mercado. O segmento de mineração se beneficiou das cotações mais altas e volume de exportações maiores, obtendo margens surpreendentes, gerando margem Ebitda superior e 65 por cento no consolidado da companhia no ano de 2020.
As ações da companhia abriram em alta forte no pregão de sexta-feira (12), subindo 5 por cento na abertura, porém o pessimismo em relação ao cenário macroeconômico brasileiro e incertezas políticas, ainda sem um direcionamento muito bem definido, com as ações fechando em modesta alta de 0,35 por cento no dia. Apesar desse movimento seguimos com perspectivas positivas no curto prazo com os resultados das siderúrgicas.
No segmento de aço, com exposição mais forte nos aços planos, o movimento de reposição de estoques da indústria de bens de capital (maquinários), linha branca e automóveis impulsionaram os volumes de vendas da companhia, além da forte demanda chinesa por aço, que fizeram os preços do aço subirem no mercado doméstico.
As perspectivas para 2021 são positivas, com preços do aço em patamares mais elevados devido à forte demanda internacional e recuperação gradual da economia mundial, além dos preços do minério de ferro puxados pela forte demanda chinesa e religamento dos altos-fornos para atender a demanda e pode reduzir mais os custos de produção total, devido à maior produtividade.
Além disso, a companhia possui um perfil de endividamento bastante saudável, com vencimentos grandes a partir de 2023 apenas, além da alavancagem financeira estar em patamares baixíssimos, abaixo de 1,0x a dívida líquida.