Segundo informações de mercado, as companhias brasileiras e chilenas produtoras de celulose irão reajustar os preços da celulose de fibra curta em 20 dólares por tonelada (aproximadamente 4,5 por cento) para o mercado chinês nas próximas semanas. É o primeiro reajuste após mais de um ano. Ainda sobre este ponto, acredita-se que os demais produtores da América do Sul acompanhem este movimento e testem cotações mais elevadas.
A celulose está cotada próximo ao patamar dos 450 dólares por tonelada, bem abaixo da sua média histórica e em um nível considerado insustentável, pois neste patamar o investimento em várias unidades no mundo entrega retornos extremamente baixos para os sócios.
A notícia é positiva para Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11) e Irani (RANI3), companhias brasileiras do setor com capital aberto na B3, pois a cotação da commodity é um dos principais catalisadores das ações destas companhias juntamente com as oscilações do câmbio. Assim, esperamos impacto positivo no preço das ações SUZB3, KLBN11 e RANI3 no curto prazo.
As companhias brasileiras seguem gerando caixa mesmo com o preço da celulose abaixo dos 500 dólares por tonelada, enquanto o nível mínimo estimado para que uma unidade entregue algum retorno econômico satisfatório é na faixa dos 600 dólares por tonelada.
A celulose brasileira é a mais competitiva do mundo, pois o custo caixa de produção é dos mais baixos do mundo. Assim, a indústria brasileira de celulose possui vantagem competitiva de custos e um caráter de muita resiliência.
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