O ministro da Economia, Paulo Guedes, já se antecipa ao eventual fim da agenda ligada ao coronavírus no Congresso e vai tentando firmar um compromisso com a agenda reformista para o pós-pandemia. Nos últimos dias, o ministro acelerou as articulações em torno das reformas econômicas.
O ministro se reuniu com líderes partidários do Centrão e de partidos que, tradicionalmente, são favoráveis aos ajustes econômicos propostos pelo governo. O intuito de Guedes é estabelecer prioridades e demonstrar que o senso de urgência para as mudanças aumentou, por conta da Covid-19. Em ordem de prioridade, a equipe econômica prevê a aprovação do novo marco do saneamento, a nova lei do gás, a reforma tributária e uma aceleração na agenda de privatizações.
Com perspectivas ainda mais desafiadoras para a economia brasileira nos próximos anos, é essencial promover uma nova onda de reformas ainda em 2020. O novo marco do saneamento, que garante investimentos do setor privado na ordem de aproximadamente 700 bilhões de reais até 2033, deve renovar os ânimos dos investidores sobre o comprometimento do Congresso e governo para com a agenda reformista. Ficamos na expectativa de tramitação de propostas mais robustas, caso das reformas administrativa e tributária.
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