Startups: por que você ainda não investe em uma?

Texto escrito por João Gabriel Chebante, consultor de marketing

Antes de qualquer coisa, é uma honra poder escrever sobre o tema por aqui também.

Meu nome é João Gabriel e depois de anos prestando consultoria para empresas de branding, marketing e inteligência de mercado para diferentes agentes do mercado financeiro, percebi que havia uma forte oportunidade: ajudar os investidores a fomentar novos negócios, aqui e no exterior.

Tudo isso partiu de uma estatística simples, mas preocupante: mais de 10% do patrimônio dos clientes de alguns dos escritórios de assessoria e gestoras com os quais trabalhei investem em novos negócios – seja uma franquia, a compra de um terreno, a startup do filho ou um fundo de participações.

Mas ninguém, absolutamente ninguém, desenvolveu educação, produtos e serviços para que as melhores oportunidades estejam disponíveis para o grande público.

Uma jornada conjunta

Por isso estou aqui com vocês aqui na Levante: quero educá-los – e vai ser uma jornada em conjunto, pois estou também aprendendo – a dedicar uma parte do seu patrimônio para o desenvolvimento de novos negócios, principalmente as startups que estão tanto em voga no mercado global.

Dessa forma, vou começar justificando porque você deveria pensar nisso nos seus investimentos:

  • Pense em um dado clássico: boa parte do FORBES 500 de 2025 não existe ainda. O mesmo se aplica no Brasil, até porque a inovação aqui (ainda) anda em ritmo mais devagar que no resto do mundo.
  • Alguns mercados ainda não entraram no jogo, mas sabemos que terão forte peso na economia em breve, como a internet das coisas, inteligência artificial, condução autônoma, fintechs, healthtechs, cannabis, impressão 3D, realidade aumentada, computação quântica, criptomoedas, blockchain… Isso só para ficar em alguns termos.
  • Nunca se aplicou tanto recurso em Venture Capital – o segmento destinado a startups – quanto nos últimos dois anos: quase R$ 10 bilhões, formando oito unicórnios. O Brasil portanto lidera os investimentos na América Latina em startups, com 60% do total.
  • Alguns dos maiores fundos do mundo para aplicação em startups começam a se posicionar para aportar recursos no país, à exemplo o SoftBank (que já fez aportes em Banco Inter esta semana, e antes no GymPass e Loggi), TVC (Nubank) e o histórico Sequoia. O track record destes três fundos incluem Apple, Google, YouTube, Intel e WhatsApp, por exemplo.
  • O Corporate Venture – investimento de fundos desenvolvidos por empresas em startups – praticamente inexiste no Brasil. Enquanto isso, nos EUA e Ásia é uma realidade em forte expansão: dois em cada três unicórnios nos últimos noves anos receberam recursos diretamente de alguma empresa junto com fundos de investimento. O próximo SoftBank, portanto, é um híbrido entre Venture Capital e Banco. Nesse sentido, entre as grandes empresas investidoras estão GM e Ford (mobilidade), Intel e Microsoft (Inteligência Artificial), Google, Amazon, Apple e várias chinesas.

Startups: mercado incipiente

Parafraseando o que falamos sobre o mercado de ações, ainda está “barato” entrar no mercado de investimento em startups no Brasil. Grandes histórias, claro, estão neste momento em construção e demandam rodadas de investimento-anjo. Ou também o primeiro aporte estruturado de um fundo de investimento – o que chamamos de Rodada “A”.

No decorrer dos próximos posts, vou contando o bê-a-bá sobre o investimento em startups, terminologias, como começar, algumas oportunidades. Mas deixo alguns pontos de reflexão para você, investidor, desde já ficar de olho.

Ainda que existam histórias espetaculares de crescimento, o investimento em startups é algo que você precisa ter em vista o longo prazo (3-5 anos, no mínimo – os fundos de venture capital pensam assim).

Portanto, a alocação de recursos do seu patrimônio deve ser baixa para este segmento, potencialmente ficando no patamar de 10-15% do total. Apesar de ser pouco, um investimento certo aqui pode catapultar em algumas vezes o total, acredite.  

Um bom tempo que ganharemos (detesto usar a palavra perder, perceberão por aqui) será na compreensão e desenvolvimento de tese de investimentos. Onde você deve investir, como e porquê. Assim, isso vai determinar se você vai aplicar sozinho como investidor anjo. Ou ainda se vai procurar uma cota de venture capital ou uma gestora que possui um fundo de investimento neste segmento. 

Um pouco de inspiração

Por fim, para terminar como exemplo de inspiração: Você sabe quem são os músicos mais ricos do mundo?

Mick Jaegger?

Paul McCartney?

Errado. Bono, do U2 é o verdadeiro bilionário da música.

No entanto, não foi exatamente com suas turnês e discos que catapultaram sua já notória fortuna. Ele possui uma empresa chamada Elevation Partners, de participações em projetos em tecnologia. Nesta companhia, participou com outros sócios de uma rodada de investimento em 2010 numa startup com cerca de 100 milhões de usuários à época com participação de cerca de 1%.

A startup? Se chamava Facebook… E teve valorização de 1.585% entre o aporte e o IPO em 2016.

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